Esta Académica de Jorge Costa tem-se revelado uma máquina de fazer golos. Os estudantes marcaram em todos os jogos (10) oficiais da época, já têm, até, o melhor ataque da Liga, à espera ainda do FC Porto-U.Leiria de segunda-feira e, como resultado de tudo isto, subiram ao segundo lugar da Liga, à condição. A vida continua a correr bem aos de Coimbra, embalados por um início de temporada como não há memória. O jogo começou às mil maravilhas, com dois golos madrugadores, mas, no final, depois da expulsão de Nuno Coelho, foi preciso sofrer para aguentar a vantagem mínima. Missão cumprida.

Em dia de estreia de relvado novo, jogadores e público puxaram dos galões. Os primeiros, com uma entrada de rompante, que lhes valeu dois golos num exercício de eficácia tremenda, o segundo, aproveitando a borla concedida aos estudantes, ou não estivéssemos em plena latada, emprestou um colorido diferente às bancadas, repletas de capas e batinas.

Nas quatro linhas, a facilidade com que a Briosa faz golos encontrou paralelo na forma como o Nacional os sofre. Com uma entrada desconcentrada, os madeirenses, não só chegaram atrasados ao jogo, por força do mau tempo no Funchal, como pareceram nem sequer estar em campo. A determinação dos homens da casa fez o resto. Quando deram por ela, os homens de Jokanovic já perdiam por duas bolas a zero mas podem queixar-se da sorte.

No lance de premeio entre o primeiro e o segundo tento estudantil, Peiser evitou o empate com duas defesas impossíveis, principalmente a segunda, e, à terceira tentativa (tudo na mesma jogada!), Danielson ainda atirou ao poste. Acto contínuo, o jogo segue pelo lado esquerdo do ataque da equipa da casa e, com toda a facilidade, Markus Berger elevou para 2-0. Mal tinha passado um quarto de hora de jogo!

Gestão com 10

A Académica ainda manteve o pé no acelerador por mais algum tempo, perante um Nacional que não se rendeu mas, na segunda parte, como seria de esperar, os estudantes passaram a gerir o resultado, entregando a iniciativa ao adversário. Em contra-ataque, não deixaram de visar a baliza de Bracalli, procurando tirar partido do adiantamento insular.

O Nacional quis carregar mas, valha a verdade, faltaram-lhe argumentos para importunar Peiser com assiduidade. Jorge Costa não só geria o resultado como também a equipa e, depois de trocar Miguel Fidalgo ao intervalo por Éder, poupou Sougou, que jogou com limitações, para apostar no lépido Laionel.

Estava tudo bem encaminhado quando, uma entrada mais ríspida de Nuno Coelho sobre Skolnik, com quem já tinha trocado uns «mimos», valeu a expulsão do internacional sub-23. Com 10, os estudantes tiveram de fazer uso de toda a sua solidariedade e capacidade de sacrifício. Éder e Bischoff podiam ter evitado o sofrimento final mas Danielson ainda deu esperança aos forasteiros quando reduziu para 2-1, reavivando o velho «handicap» da Briosa de deixar fugir pontos nos instantes finais. A novidade é que, desta vez, não aconteceu.