A Académica recuperou o quarto lugar da classificação, isolando-se logo atrás de F.C. Porto, Benfica e Sp. Braga, com uma goleada sobre o Nacional, esta segunda-feira, em Coimbra.

Os estudantes tardaram em embalar para os golos, desperdiçaram inúmeras ocasiões e até poderiam ter visto o adversário marcar primeiro, mas a partir de uma grande penalidade convertida e da expulsão de Danielson tudo ficou tão cor-de-rosa para os homens de Pedro Emanuel como negro para Ivo Vieira.

Em desespero de causa, o técnico madeirense revolucionou o onze, trocou posições aos jogadores, e acabou por ver a equipa sofrer golos a partir de asneiras da defesa, como aconteceu com o «adaptado» a lateral-direito João Aurélio, que foi um assistente de luxo para Éder no segundo tento.

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O Nacional, outrora crónico candidato à Europa, vegeta agora nos lugares da descida e há razões de apreensão quanto ao futuro na Choupana. Rui Alves costuma ser brando com os treinadores, ainda por cima quando em causa está um homem da casa, mas os insulares precisam rapidamente de repicar caminho.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

A Académica encarou o início do jogo como se de uma prova de cem metros se tratasse. Mal soou o tiro de partida, já Éder falhava o golo por centímetros, num remate cruzado que roçou o poste direito da baliza de Ellison. O mesmo avançado haveria de continuar em foco pela quantidade de lances perdidos em frente ao guarda-redes nacionalista.

Depois de Éder, festival Mateus

Talvez moralizados pelos falhanços dos da casa, os madeirenses começaram a soltar-se, jogando de forma simples mas muito objectiva e sempre em direcção à baliza de Peiser. Mateus atirou ao poste e viu a bola «bailar» sobre o risco de golo até sair, já depois de se ter atrapalhado em posição frontal e só com o francês pela frente.

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A fechar a primeira parte, o angolano quase marcava, de chapéu, e foi certamente com alívio que Pedro Emanuel ouviu Bruno Paixão apitar para o intervalo tal a avalancha amarela que já se avolumava a caminho das redes da Briosa. Os jogadores terão, por certo, ouvido das boas da boca do antigo central nos balneários.

Pedro Emanuel (Académica): «Tiro o chapéu aos meus jogadores»

De orelhas a arder, os estudantes recomeçaram a partida tal como iniciaram o jogo: a esbanjar oportunidades. Primeiro Danilo, depois Éder, voltaram a ligar a Académica ao jogo mas o filme repetiu-se. O Nacional ganhou de novo confiança, subiu as linhas, e a equipa da casa não conseguiu disfarçar algumas dificuldades na defesa para lidar com a velocidade dos avançados alvi-negros.

Penalty como desbloqueador

Com tantaw oportunidades perdidas de parte a parte, custa a perceber como foi preciso aparecer uma grande penalidade para que um jogador, finalmente, acertasse no alvo. Danielson foi para a rua pela falta sobre Sissoko e a Briosa ficou com caminho aberto para somar a terceira vitória da época.

Ivo Vieira (Nacional): «Resultado é um pouco mentiroso»

O Nacional desmoronou-se qual castelo de cartas e os donos da casa embalaram para a goleada. Um, dois, três, quatro... e a tormenta chegou à Madeira.