O «derby» dos empates ficou-se, mais uma vez, pela divisão de pontos. Na abertura da 16ª jornada, a primeira da segunda volta, o espectáculo ficou para outros jogos porque, em Coimbra, lutou-se muito e o que se perdeu em emoção, ganhou-se em rigor e pragmatismo. O resultado penaliza, sobretudo, a Briosa, que não vence em casa para o campeonato há quase quatro meses

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A Académica não conseguiu disfarçar as dificuldades, só conseguiu apresentar 16 jogadores na ficha de jogo, voltou a ser forçada a mudar a dupla de centrais, e a ausência de Éder fez o resto. O plantel precisa urgentemente de reforços, para suprir as várias saídas, e estabilizar o grupo.

Quanto ao Leiria, de Manuel Cajuda, veio a Coimbra fazer pela vida, com uma defesa reforçada e um meio-campo bem povoado, deixando apenas Djaniny na frente. Quando subiam, os do Lis juntavam-lhe o apoio de Élvis e Ogu, este último contratado como médio defensivo mas a jogar impecavelmente na frente, e aí estava a fórmula para trazer um ponto de Coimbra.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

Os estudantes cedo perceberam que teriam uma muralha pela frente muito difícil de derrubar. Seria um daqueles jogos de paciência e, ao mesmo, a pedir bastante concentração atrás porque os leirienses mostravam-se lépidos a sair para o ataque.

As oportunidades escassearam na primeira parte mas, ainda assim, o melhor lance pertenceu mesmo aos forasteiros, quando Peiser teve de fazer uma grande defesa para evitar o cabeceamento vitorioso de Ogu. Na área contrária, Oblak ia dando conta do recado perante a inoperância de Fábio Luís e demais companheiros.

Aliás, o foco de maior interesse nesse período foi para o espectáculo dado por Cajuda no banco, onde, seguindo o jogo através do ipad, passou boa parte do tempo a chamar a atenção ao quarto árbitro para situações com as quais não concordava.

Um pouco melhor, mas pouco

Melhorou a Académica na segunda parte, obrigando a União a correr mais para conseguir manter-se a salvo, mas quer Diego Valente, quer Diogo Melo, esbarraram na tenacidade de Oblak e de Ivo Pinto. Pior: tal como acontecera na primeira parte voltaram a ser os leirenses a perder a melhor oportunidade de marcar.

O herói, desta feita, foi Flávio Ferreira, que deu o corpo ao manifesto, rechaçando o remate de Élvis, já depois de Djaniny ter passado por Peiser. O jogo animava finalmente. E a Briosa volta a esbanjar o golo, desta feita por Danilo Cintra, acabado de entrar.

A União ainda conseguiu responder, pelo incontornável, Jonh Ogu, mas foi o último cartucho. Os estudantes carregaram até ao último segundo, suspirando, quiçá, por um golo fora de horas, como aquele que Habib marcou à Oliveirense, para a Taça de Portugal, só que, desta vez, o senegalês não estava em campo.