Talvez os adeptos menos atentos já se tivessem esquecido dele. Depois de uma primeira época de grande utilização, pela mão de Domingos Paciência, o central Luiz Nunes como que desapareceu dos jogos da Académica esta temporada. Uma lesão atirou-o para fora dos relvados desde o dia 13 de Setembro último, em Olhão, pouco depois Rogério Gonçalves era substituído por André Villas Boas, que apostou de imediato em Berger para fazer dupla com Orlando, e a tenacidade do colega, ávido por uma oportunidade, fez o resto.
Não fosse o castigo do austríaco e ainda não seria desta que o experiente central teria regressado à competição. Mas o momento foi bem aproveitado e o brasileiro rubricou uma exibição positiva no último sábado, diante do F.C. Porto.Tratou-se de um jogo especial para Luiz Nunes, não só por ter voltado a jogar tanto tempo depois e defrontar um grande, mas pelo facto de ter reencontrado um velho conhecido, dos tempos do River Plate, por onde passou entre 2000 e 2001.
Ainda novo, conheceu um miúdo na altura, que ainda jogava nos juvenis do clube argentino mas demonstrava já algum do talento que levaria os tetracampeões a trazê-lo para Portugal para substituir Lisandro Lopez. Falamos, claro, de Falcao. «Foi bom ter regressado. Fiquei feliz por voltar depois de tanto tempo, e sem ritmo de jogo, mas joguei e a verdade é que ele não marcou. Só acabou por ser ruim porque perdemos os três pontos», confessa o defesa da Briosa.
O desfecho da partida é mesmo a única coisa que lamenta por lhe soar a injustiça. «Os últimos minutos [quando o F.C. Porto passou para a frente] foram difíceis mas o resultado não condiz com o decorrer do jogo. Eles tiveram as suas oportunidades mas jogámos bem e penso que não lhes demos muito espaço. Infelizmente, terminou dessa maneira, com o 2-1.»