O advogado de Jorge Jesus considera que os incidentes no fim do V. Guimarães-Benfica «estão a ser extrapolados» e que «dizer-se que agrediu ou que tentou agredir não corresponde à verdade».

Luís Miguel Henrique falou à Agência Lusa e garantiu que o treinador ainda não foi notificado pelas autoridades.

«Em relação ao processo, não há nada nem podia haver, à velocidade que as coisas correm. Jorge Jesus terá que ser notificado, mas nada até agora», referiu. «Um auto de notícia apenas serve para saber se há matéria para investigar, e só depois se saberá se há matéria ou não para acusar.»

Jorge Jesus com termo de identidade e residência, diz PSP

Feito este esclarecimento, o advogado aproveitou para referir que os incidentes tiveram origem «num conjunto de situações de algo que se queria como uma coisa boa - uma festa no final do jogo - e que se transformou noutra coisa menos positiva».

«Está a extrapolar-se o que se passou. Jorge Jesus sentiu-se moralmente responsável pelo momento de festa por ter pedido aos jogadores que se dirigissem à bancada. Sendo moralmente responsável por esse ato, percebeu que, pela falha de segurança, deixaram entrar adeptos. O que agarrou a camisola já estava a voltar para a bancada e houve ali algum excesso de zelo, que só acontece a quem lá está», referiu.

Luís Miguel Henrique acrescenta que Jorge Jesus «chegou com a intenção de serenar e acalmar», finalizando que «dizer-se que agrediu ou que tentou agredir, é um extrapolar que pode interessar outras entidades, mas que não corresponde à realidade».