Os jogos entre o St. Pauli e o Hansa Rostock, da segunda divisão alemã, são há muito um confronto de rivalidade. De um lado adeptos (do St. Pauli) que se afirmam «anti-fascistas», do outro adeptos (do Hansa Rostock) conotados com o neo-nazismo. Por isso as partidas frequentemente acabam da pior forma.
Ora as duas equipas voltaram a defrontar-se no passado fim-de-semana e o jogo acabou outra vez mal: 500 polícias não foram suficientes para evitar os confrontos, dos quais sobraram 27 feridos e 23 detenções (entre adeptos dos dois clubes). Já no ano anterior tinha havido 2 feridos e 50 detenções no fim do jogo.
Ora o ambiente já ameaçava o pior. Depois da vitória do St. Pauli (2-0) em pleno relvado adversário, tornou-se efectivamente o pior. A má notícia é que foi um jogador a desencadear os tumultos. Chama-se Naki Jubel, tem 20 anos e é um alemão de raízes turcas. Marcou um dos golos do St. Pauli e deu origem ao caos.
Logo que marcou o golo, dirigiu-se aos adeptos do Hansa Rostock e com um ar ameaçador simulou cortar-lhes o pescoço. No final da partida, pegou numa bandeira do St. Pauli e enterrou-a no relvado do Hansa Rostock, que jogava em casa. Os adeptos do Hansa tentaram invadir o relvado, mas não conseguiram.
No exterior do estádio, aí sim, concretizaram as ameaças. Partiram para a agressão e provocaram os confrontos dos quais resultaram os tais 27 feridos e 23 detidos. Naki Jubel, entretanto, já veio pedir desculpa. «O que fiz foi estúpido, desrespeitoso e anti-desportivo», disse. A Federação Alemã já abriu um processo disciplinar.
Veja as imagens dos gestos de Naki Jubel: