A Alemanha foi terceira no último Mundial que realizou. Aliás, até venceu Portugal no jogo para o terceiro lugar, com Schweinsteiger a fechar o sorriso português depois da brilhante prestação da equipa das quinas pelos campos germânicos. Jürgen Klinsmann foi o selecionador que deixou a Mannschaft no pódio, mas esteve muito perto da demissão. Os responsáveis da federação (DFB) tinham um plano secreto para o despedir.

Theo Zwanziger. antigo presidente da DBF, publicou um livro do qual o «Bild» tem revelado alguns excertos. Aí, está explicado o plano, que incluía o presidente do comité organizador do Alemanha 2006, Franz Beckenbauer.

Mathias Sammer foi nomeado diretor-desportivo da seleção contra a vontade de Klinsmann, hoje selecionador dos EUA. Esse foi o primeiro passo, ainda que, numa primeira fase, se esperasse que Kinsmann obtivesse bons resultados. O problema é que a Alemanha não os conseguia e após a derrota por 4-1 com a Itália, e o regresso do selecionador aos Estados Unidos, onde já vivia, fizeram com que os responsáveis da DFB elaborassem um plano de contingência.

Zwanziger nunca morreu de amores por Klinsmann e pior ficou quando o treinador foi para a Califórnia em vez de estar num workshop para treinadores, antes do Mundial 2006.

«Tenho de admitir que estava a ter muitas dúvidas sobre o nosso chefe de equipa», revelou Zwanziger, num excerto publicado pelo Bild. «Publicamente, expressei lealdade a Jurgen Klinsmann, mas internamente pensámos desenhámos um plano B», assumiu o antigo presidente da federação.

«Se começasse a acontecer um desastre desportivo no Campeonato do Mundo e já não pudéssemos aceitar Klinsmann , decidimos que seria Mathias Sammer a ficar no comando técnico, de imediato», confessou o antigo dirigente.

Como se sabe, o adjunto de Klinsmann, Joachim Low, é agora o selecionador alemão. Porém, na altura, nunca foi equacionado pela proximidade ao atual selecionador dos EUA.