O Bayern Munique precisou apenas de 27 jogos para garantir matematicamente o título de campeão alemão: a formação bávara v enceu esta terça-feira em Berlim, no terreno do Hertha, por 3-1, e desde logo garantiu a conquista do título.

A festa era esperada e talvez por isso foi moderada. Guardiola, por exemplo, ficou sempre junto ao banco, os jogadores andaram pelo relvado, Thomas Muller liderou o momento com um megafone: houve abraços, sorrisos, gritos, celebrações com os adeptos, t-shirts de campeão que já estavam preparadas e a comemoração com um escudo de brincar.

A verdadeira festa, essa, ficou adiada para a última jornada: será nessa altura que o Bayern Munique receberá o escudo oficial de campeão e libertará a euforia como merece.

Certo para já é que esta equipa se tornou o mais rápida campeã de sempre: a formação de Guardiola bateu o recorde que já era do próprio Bayern, mas o Bayern de Jupp Heynckes, que no ano passado também se tinha tornado o campeão da Bundesliga mais madrugador.

Foi o 24º título alemão, em 23 campeonatos da Bundesliga (no primeiro o campeonato ainda não se chamava Bundesliga).

Esta noite, no Olímpico de Berlim, e mesmo sem Ribery, Mandzukic ou Thiago Alcântara de início, a formação de Pep Guardiola proporcionou a enésima demonstração de uma superioridade avassaladora sobre os adversários internos: neste caso sobre um adversário europeu.

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O Bayern teve sempre posse de bola superior a 70 por cento, conseguiu uma eficiência ao nível do passe acima de 90 por cento, por isso dominou o jogo como quis e ficou apenas a dever a si próprio mais uma goleada. Aos seis minutos, por exemplo, já estava em vantagem.

Toni Kroos, logo aos seis minutos, inaugurou o marcador após assistência de Gotze. O Bayern continuou a mandar no jogo, continuou a pressionar a baliza do Hertha e fez o segundo golo aos 14 minutos: desta vez foi o próprio Gotze a finalizar à boca da baliza, fazendo o golo.

O domínio era tão grande que o Hertha só rematou pela primeira aos 30 minutos, de fora da área e sem perigo. O Bayern, esse, dominava completamente o jogo e desperdiçava ocasiões de golo.

Tudo mudou aos 66 minutos, quando Adrian Ramos fez de penálti o golo do Hertha, a castigar uma falta de Dante dentro da área, mas já com Thiago Alcântara, Ribery e Mandzukic em campo o Bayern não tremeu, continuou a ser ele próprio e fez o terceiro golo pelo próprio Ribery.

Até ao fim só deu Bayern, enfim, o normal: Guardiola chegou a Munique para pegar numa equipa que tinha sido campeã europeia e mundial, o desafio que se lhe apresentava pela frente era por isso muito difícil, mas o espanhol começou por já fazer melhor do que o Heynckes.

Refira-se de resto que o Bayern nem precisava de vencer o jogo: o empate do Borussia Dortmund em casa com o Schalke 04 (0-0) fazia os bávaros campeões esta noite com um empate.

Claro que com uma vitória assim teve mais graça.