Arsène Wenger não tem qualquer problema com as naturalizações. Pelo menos assim parece, depois das declarações sobre o seu guarda-redes, nascido espanhol, mas apto a jogar por Inglaterra.
«Ele não é só suficientemente bom, ele é o melhor [para jogar por Inglaterra]. Logicamente, cabe-lhe a ele decidir se prefere jogar por Espanha ou Inglaterra», comentou esta sexta-feira o treinador do Arsenal.
«Se a Federação Inglesa o escolher, é decisão dele ir ou não. Porque é que Almunia não poderia fazer a qualificação? Ele é espanhol, sim, de momento. Também deve ter em conta se tem hipóteses de ser chamado à Roja ou não, mas seria uma óptima escolha para Capello», acrescentou Wenger.
Quem não está nada de acordo com a posição do técnico dos gunners é Harry Redknapp, treinador do Tottenham. «Se me derem a escolher entre a vitória de Inglaterra no Mundial com um guarda-redes espanhol ou a perda desse título, prefiro perder o título. Se não somos capazes de produzir os nossos próprios jogadores, não merecemos ganhar nada», atirou, na sua crónica semanal ao The Sun.
A discussão sobre quem deve vestir a camisola número 1 de Inglaterra já não é nova, mas tem ganho força à custa da dupla nacionalidade de Almunia, adquirida esta temporada com os cinco anos de residência em Londres. O jogador do Arsenal não tem qualquer internacionalização e pode assim ser chamado por Capello, se o seleccionador o entender. David James, do Portsmouth, é o actual titular das redes britânicas, mas não convence a crítica.