ANÁLISE: Sporting não parte mais forte do que na época passada

A um mês do fecho do mercado, Maisfutebol faz uma primeira análise aos três grandes do futebol português. O artigo será actualizado a 31 de Agosto. É também um fórum de discussão. Serão aprovados apenas os comentários de autores identificados e que obedeçam às regras definidas pelo jornal
Expectativa
O Sporting luta pelo título de campeão, mas não se sente entre os adeptos a convicção de que assim será, de facto.
Plantel
O Sporting voltou a contratar pouco. Perdeu jogadores com pouca relevância e um titular com peso, Derlei. Matias Fernandez tem tudo para ser mais eficaz do que Romagnoli e Caicedo tem características que o diferenciam dos restantes avançados, o que é bom. Mas pode não chegar. Paulo Bento não retocou a defesa e talvez devesse. Na prática, tudo dependerá do crescimento dos mais jovens (Pereirinha, Djaló, Miguel Veloso, Vukcevic, Daniel Carriço) e do rendimento dos consagrados (Rochemback, Postiga, Caneira). A estabilidade do grupo poderá ser uma vantagem se de facto se tratar de um plantel unido e forte. Se alguns dos problemas da época passada se mantiverem então a «estabilidade» poderá ser um entrave, não um benefício. Conclusão: só um sportinguista muito apaixonado achará que o plantel parte mais forte.
Treinador
Paulo Bento tem demonstrado qualidades diversas e continua a contar com uma base de apoio relevante. No grupo, na direcção e entre os adeptos. Ou seja, possui as condições fundamentais para trabalhar. Mas também é justo reconhecer que os assobios depois do empate com o Twente são sinal de alguma impaciência. Um estado de alma que poderá intensificar-se se os resultados demorarem.
Melhor opção
Matias Fernandez é bom e foi relativamente barato. Com este «10», João Moutinho poderá jogar onde mais rende, sobre a direita, com benefícios para o equilíbrio do meio-campo.
Pior opção
Perder Derlei foi um mau passo.