Depois de um período de amplo domínio do FC Porto no futebol nacional nas décadas de 90 e 2000, o Benfica conseguiu dividir o palco com o rival azul e branco. Nos últimos 11 anos, os encarnados até conquistaram mais campeonatos do que o FC Porto (seis contra cinco) e entre 2013/14 e 2016/17 tiveram a hegemonia do futebol português, com um inédito tetra na história do clube.

Só que a chegada de Sérgio Conceição ao FC Porto não só recolocou os dragões na rota dos títulos, como provocou uma seca pouco habitual na história recente do rival lisboeta.

A derrota na passada quarta-feira com o FC Porto significou que o Benfica deixou de ser detentor de qualquer título nacional: Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e Supertaça Cândido de Oliveira.

Um cenário que está longe de ser inédito, mas que apenas se repetiu três vezes nos últimos 12 anos das águias: mais concretamente desde a conquista da Taça da Liga em 2008 sob o comando de Quique Flores.

Em 2013, a vitória do Sp. Braga na Taça da Liga fez com que os títulos nacionais ficassem distribuídos entre a equipa minhota, o FC Porto (campeão nacional e detentor da Supertaça) e a Académica, que no final da época seria rendida pelo V. Guimarães enquanto detentor da Taça de Portugal.

Daí até 2018, os encarnados foram donos e senhores de pelo menos um troféu nacional, tendo mesmo sido ficado na posse dos quatro ao mesmo tempo: aconteceu em 2014 com a conquista da Supertaça após Taça da Liga, Liga e Taça de Portugal com Jorge Jesus.

Tal como agora, a vitória do FC Porto na Supertaça em 2018 tirou ao Benfica o único troféu que ainda lhe restava defender: em agosto desse ano, os dragões juntaram ao campeonato a Supertaça, enquanto a Taça de Portugal ficou para o Desp. Aves e a Taça da Liga para o Sporting.