Gil Vicente-FC Porto, minuto 45, o intervalo a espreitar. Pontapé de canto para os dragões, bola a fugir até à entrada da área e Rúben, Rúben Neves, a encher o pé. A bola sai rasteira, mas forte, e anda sofre dois ligeiros desvios, em Vagner e Renan (ver FILME DO JOGO).

Golo, momento importante para o médio de 18 anos. Rúben estava há espera disto há 61 jogos. O internacional português marcara logo na estreia de dragão ao peito na Liga, ao Marítimo, e atravessara posteriormente uma seca longa e incomum. Aridez absoluta.

O golo ao Marítimo, na primeira jornada da Liga 2014/15, surgira aos 11 minutos, numa jogada parecida com a de Barcelos. Há um cruzamento na esquerda [Alex Sandro], um corte mal efetuado da defesa insular e um pontapé de Rúben, de primeira como tanto gosta. Golo.

Entre um e outro pontapé passaram-se quase 18 meses. Demasiado tempo, de facto, apesar de estarmos a falar de um médio de características essencialmente defensivas.

Neste período de divórcio com as balizas em representação do FC Porto, Rúben Neves fez dois golos pela Seleção Nacional de Sub21.

A 14 de outubro de 2014 marcou o segundo golo de Portugal num louco 5-4 à Holanda, aos 20 minutos, e a 8 de setembro de 2015 fez um dos seis golos na visita à Albânia, aos 32 minutos.

Destes dois, obtidos em compromissos internacionais, o primeiro saiu de um raríssimo golpe de cabeça e o segundo encaixa no perfil do golo-tipo de Rúben Neves: pontapé de primeira, bem colocado.