Luís Boa Morte recentemente, Sá Pinto há mais tempo, pelo meio Jorge Andrade, Paulo Ferreira, Danny e Simão, entre muitos outros, foram «vítimas» de lesões no joelho, umas mais graves que outras, e todas em destaque nas II Jornadas da Fisiogaspar, que terão lugar a 21 de Novembro, no centro de congressos do Lagoas Park.
«O grande desafio das lesões no joelho é conseguirmos que o atleta recupere o nível a que esteve anteriormente. Inevitavelmente, haverá sempre sequelas», reconheceu o fisioterapeuta António Gaspar, responsável por inúmeras recuperações, como as acima referenciadas, na apresentação do ciclo de conferências, que vai reunir vários médicos, fisioterapeutas e radiologistas.
«Há lesões no joelho que, anatomicamente, não conseguimos reconstruir a 100 por cento, mas que ficam a 100 por cento em termos competitivos», explicou o clínico António Martins, por quem já passaram inúmeros atletas nacionais.
O ortopedista recordou a «complicada e polémica» lesão de Mantorras, os diferentes casos de Paulo Ferreira, Jorge Andrade e Danny, a «raríssima» lesão de Boa Morte, que mais «parece que foi atropelado por um autocarro», e os parafusos no joelho de Lamy que «faziam riscos na tíbia». Mas se as lesões do piloto português nos dois joelhos se deveram a um acidente, o futebol acaba por ser das modalidades «onde há mais lesões deste tipo».
Presentes na apresentação estiveram alguns dos visados, caso de Sá Pinto, operado mais do que uma vez ao joelho. A mágoa de uma primeira má decisão permanece no ex-jogador do Sporting, que, contudo, alertou para uma condição importante na recuperação. «Havendo competência em termos de cirurgia e reabilitação, da nossa parte tem de haver paciência e dedicação. Nunca mais fui o mesmo. Mudei a minha forma de jogar, de correr, de ler o jogo, perdi força, explosão, se ao menos da primeira vez tivesse corrido bem...»
Boa Morte, em processo de reabilitação, foi mais reservado, mas não escondeu a determinação em superar uma difícil lesão que o vai afastar dos relvados mais de um ano. «Sei que tenho um problema bastante grave, mas tenho de estar psicologicamente bem para me recuperar», observou.