No final de um jogo, em Janeiro de 2004, o arguido Pedro Sanhudo, árbitro da Associação de Futebol do Porto, conversava ao telefone com um colega a quem confidenciava, entre risos, ter recebido do GSC «umas correntes que aquela m.... pesa para aí dez quilos», ao que lhe respondia, no mesmo tom bem disposto, o colega: «Daqui a pouco... ainda abres uma ourivesaria».
Este é um dos diálogos relatados no processo Apito Dourado. De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, as cerca de 400 páginas da acusação, relativas apenas a Gondomar, descrevem ao pormenor a estratégia alegadamente criminosa que os três arguidos - Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional; o antigo presidente do Gondomar Sport Clube (GSC), José Luís Oliveira; e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa - empreenderam no sentido de angariar árbitros «amigos» para os jogos em que o GSC interviesse.
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