Os depoimentos do árbitro Elmano Santos e do árbitro-assistente Paulo Januário foram preponderantes para a acusação ao Boavista e a Valentim Loureiro, escreve o Diário de Notícias na sua edição deste sábado.
Segundo o mesmo jornal, a Comissão Disciplinar da Liga entendeu que o crime de coacção aos juízes estaria «suficientemente indiciado». O jornal teve acesso aos depoimentos de Elmano e Januário, nos quais ambos reconheceram ter recebido telefonemas de Valentim Loureiro, tendo entendido tal como uma ameaça.
«Era habitual ao então presidente da Liga de Clubes, Valentim Loureiro, chamar a atenção dos árbitros, antes ou depois dos jogos, apenas quando se tratava dos jogos a disputar pelo Boavista», concluiu a Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, depois de auscultar os árbitros em questão.
Disso, resulta a nota de culpa recebida pelo Boavista, que terá cometido «a infracção disciplinar muito grave coacção [sobre a equipa da arbitragem] na forma consumada».
Em causa estão os jogos Boavista-Académica, arbitrado por Jorge Sousa e no qual Paulo Januário foi árbitro assistente, e Benfica-Boavista, ajuizado por Elmano Santos. Os dois encontros são referentes à temporada de 2003/04.