O Tribunal da Relação do Porto considerou legais as escutas telefónicas a Valentim Loureiro enquadradas no Apito Dourado. O autarca e presidente da Assembleia Geral da Liga de clubes vai recorrer para o Tribunal Constitucional, segundo revelou o seu advogado, Amílcar Fernandes, em declarações à Lusa.
No recurso agora rejeitado Valentim Loureiro defendia também que Pinto da Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e também arguido no processo, não podia ser considerado funcionário público para efeitos criminais. Se tivesse sido acolhida, a tese conduziria a que nenhum dos arguidos pudesse ser acusado por crimes de corrupção.
A Relação já tinha recusado recurso idêntico apresentado por José Luís Oliveira, um dos principais arguidos do processo Apito de Dourado de Gondomar.
O julgamento deste processo começa a 11 de Fevereiro, com 21 arguidos além de Valentim Loureiro, José Luís Oliveira e Pinto de Sousa.
Ainda no âmbito do Apito Dourado, o ex-árbitro Jorge Coroado foi chamado quarta-feira ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, para ser ouvido como especialista.
A inquirição foi pedida pelos árbitros auxiliares José Chilrito e Manuel Quadrado, a propósito do jogo FC Porto-Amadora de 2003/04, um dos processos reabertos pela equipa de Maria José Morgado.