O Marítimo venceu o Las Palmas (2-0) no jogo de apresentação aos sócios, numa partida que valeu, essencialmente, pela velocidades trazida das cabines para a segunda parte. O bom Danilo Dias parece estar de volta, depois de uma temporada aquém do esperado, e na baliza também há já uma enorme certeza: José Sá.

A primeira fotografia oficial do Marítimo 2013/2014 ainda teve Rúben Ferreira, que continua de leão ao peito, e, apesar das várias saídas importantes, apenas integrou um reforço no onze que iniciou a partida de apresentação frente ao U.D. Las Palmas. De resto, o projeto mantém-se e, por isso, a principal base de recrutamente continua a ser a formação secundária verde-rubra.

Também por isso, os princípios que, geralmente, norteiam as equipas de Pedro Martins permanecem inalterados: transições rápidas e exploração das faixas laterais através de velocistas no último terço do terreno. Empurrados pela moldura humana que praticamente encheu a bancada central do caldeirão, os insulares mostraram que têm outro estatuto e dominaram os primeiros momentos do encontro.

Pertenceram, por isso, ao lateral Briguel os primeiros esboços ofensivos, através de cruzamentos que o novo matador, Derley, não conseguiu transformar em golo (9 e 13m).

Ao invés, os canários mantinham o seu estilo de posse, ainda que sem grande acutilância junto à baliza de José Sá. Por isso, o primeiro grande sinal de perigo no encontro saiu da marcação de um pontapé de canto direto, convertido por Aythami, ao qual o guardião internacional sub-20 português se opôs com dificuldade.

Pouco depois o titular das redes do Marítimo foi actor principal na fotografia da noite, ao negar, com uma grande estirada, um golo cantado que Mayor já celebrava. Ganhou pontos na luta pela baliza verde-rubra.

O melhor que se viu do Marítimo teve a assinatura de Sami que, de fora da área, colocou os visitantes em sentido, proporcionando uma boa defesa a Raúl Lizoain.

Antes do intervalo Fidélis ainda tentou levantar o caldeirão, mas não teve cabeça para o golo, enquanto que, do outro lado, o perigo voltou a sair da bota direita de Aythami numa bola parada. Sem pontaria de parte a parte o intervalo chegou sem o colorido dos golos.

Sprinter Danilo assustou canários

Como é proforma nestas ocasiões, Pedro Martins rodou quase toda a equipa e a verdade é que os insulares pareceram trazer pilhas do intervalo. Especialmente Danilo Dias que teve o condão de agitar o golo. Logo na primeira jogada, o baixinho isolou-se, mas, perante tamanha facilidade, acertou no poste.

Era o pronuncio para o que havia de acontecer pouco depois quando, na cobrança de um canto levantado por Danilo Dias, Gegé teve cabeça para colocar os insulares em vantagem.

A «revolta» dos novatos ganhou nova expressão, pouco depois, quando Rodrigo Lindoso mostrou categoria numa remate colocado ao ângulo da baliza canarinha para o segundo dos madeirenses.

O Las Palmas era, nesta altura, incapaz de esboçar qualquer reacção perante o vendaval ofensivo insular. O melhor se viu da formação orientada por Sergio Lobera foi uma escapadela de Chrisantus sem efeitos práticos.

Com o passar dos minutos o ritmo, obviamente, baixou, não estivéssemos em plena pré-temporada, e o Las Palmas ainda acertou duas vezes nos ferros da baliza de Welligton. De qualquer forma, fica a ideia que, apesar das muitas saídas, Pedro Martins tem matéria-prima para construir uma equipa altamente competitiva. À atenção do Benfica logo na primeira jornada.

O Marítimo apresentou a seguinte formação: José Sá, Briguel, Igor Rossi, Márcio Rozário e Rúben Ferreira; Sérgio Marakis, João Luíz e Artur; Sami, Heldon e Derley (Fidélis, 40m). Jogaram ainda; Marafona, Fidélis, João Diogo, Patrick Bauer, Gegé, Luís Olim, Rodrigo Lindoso, Rúben Brígido, Danilo Dias, Fábio Santos, Alex Soares, Welligton Lima, Kukula e Danilo Pereira.