O árbitro Daniel Giménez viu-se obrigado a interromper o embate entre o Gimnasia de la Plata e o Boca Juniors, depois de ter sido ameaçado de morte pelo presidente do clube local. Segundo os relatos da imprensa argentina, o líder do Gimnasia, Juan José Muñoz, entrou no balneário do juíz, ao intervalo, acompanhado de três elementos da claque do clube. «Não te vou matar hoje, mas quando saíres daqui, nós quatro vamos matar-te. Mato-te amanhã na AFA (ndr. Associação de Futebol da Argentina) e nunca mais diriges um jogo», terá dito Muñoz.
Curiosamente, a equipa da casa estava a vencer o Boca Juniors pela margem mínima (1-0). Confrontado com as ameaças, Giménez suspendeu o jogo e abandonou o estádio perante enorme aparato policial. O árbitro evita comentar o caso, agradecendo apenas o apoio dos jornalistas que denunciaram a situação. O presidente do Gimnasia de la Plata reconheceu que a sua reacção foi exagerada.
Entretanto, o responsável do Comité Provincial de Seguridad Deportiva, Mario Gallina, mostra-se alarmado com o panorama de violência no futebol argentino. «Vamos averiguar o que aconteceu, pois foi algum funcionário do clube a deixar o presidente do Gimnasia entrar. Infelizmente, tem havido demasiados casos graves e temos de ficar à espera da próxima morte», referiu.
Juan José Muñoz