É provável que Deco seja o jogador de um grande clube europeu em melhor forma neste início de temporada.
Para já isso tem valido pontos ao Chelsea de Scolari, a eleição como melhor do mês em Inglaterra e uma exibição memorável, infelizmente desperdiçada, pela selecção nacional, frente à Dinamarca.
Tudo isto depois de uma temporada negra que lhe valeu a colocação na lista de transferíveis do Barcelona. De resto, em Maio o luso-brasileiro atravessava mais um dos períodos cinzentos da sua carreira (já tinha vivido assim no Porto, até com Mourinho).
Depois veio o Euro 2008, mas o facto de Deco ter sido o melhor da selecção portuguesa não alterou as ideias fixas dos catalães. Resultado: venderam-no por dez milhões de euros ao Chelsea, um negócio de que a Europa agora ri. Até porque deve ter sido a primeira transacção em que Abramovich conseguiu comprar abaixo do real valor do jogador.
Costuma dizer-se que os jogadores que mudam de campeonato precisam de algum tempo até conseguirem uma adaptação completa. Isso é verdade para a generalidade dos futebolistas. Deco pertence à escassa minoria que, se estiver bem, chega, agarra o jogo e convence.
Por agora está a dar outra dimensão ao futebol do Chelsea, mesmo se Scolari o tem utilizado um pouco mais longe do centro do terreno. Afinal, o estatuto de Lampard em Stamford bridge é intocável, sobretudo depois de ter dito não ao Inter. Há coisas que nem o melhor Deco pode alterar. Pelo menos enquanto as vitórias aparecerem.