Vanderlei Luxemburgo foi particularmente cáustico com o árbitro no final da derrota perante o S. Paulo, do último fim-de-semana. O treinador do Santos disse que o juiz passara o jogo todo a deitar-lhe olhares indiscretos - «me paquerando», frisou - e que não gostara. «Que é isso, eu sou boiola? Não sou veado, não», disse Luxemburgo.
Pois bem, o árbitro em causa diz que também não é homossexual e por isso promete levar o antigo treinador do Real Madrid à barra dos tribunais para responder pelas afirmações que fez. «Estou a pedir as gravações às televisões e às rádios. Vou entregá-las ao meu advogado e estudar uma providência», afirmou Rodrigo Martins Cintra.
Para o fazer o árbitro apresenta uma argumentação forte. Que pode no mínimo provocar uma indemnização choruda. «A minha mãe, no Rio de Janeiro, sofre de pressão alta e sentiu-se muito mal», revelou. «A minha mulher e os meus companheiros de academia ficaram indignados». Por causa das afirmações, Vanderlei Luxemburgo corre também o risco de ser suspenso em meio ano pelas autoridades desportivas brasileiras.