Mamadu Bobó Djaló deixou saudades entre os adeptos portugueses, sobretudo nos seguidores do Boavista, tornando-se num dos nomes mais conhecidos dos nossos relvados durante a década de 90. O voluntarioso médio, referência de xadrez ao peito, chegou a Portugal em 1979 e continua a ser falado entre nós.
Despediu-se dos relvados mas continua ligado ao futebol, primeiro em colaboração com o Boavista, agora numa prestigiada cooperação com o Chelsea. Não mais esqueceu a Guiné-Bissau, berço que partilha com três promessas que justificam a linhagem. Kaby, o filho mais novo desse trio, chegou nos últimos meses aos juvenis dos «blues» de Londres, depois de despertar atenções de xadres ao peito.
O talento mais jovem da linhagem «Djaló», actualmente com 16 anos, promete ultrapassar o sucesso do seu tutor, mas o futuro de uma família com fortes ligações ao futebol não se esgota no entusiasmante médio ofensivo. «Para além do Kaby, tenho o meu filho Bacari a jogar no Penafiel e outro, o Djibril, nos juniores do Boavista», refere Bobó ao Maisfutebol.
Bacari à procura da afirmação
Bacari Djaló foi o primeiro sucessor de Bobó a ser falado na imprensa. Actualmente com 24 anos, o avançado já representou a selecção nacional da Guiné-Bissau e está à procura da sua afirmação plena. Passou por Bidoeirense e Sp. Pombal, mas ganhou dimensão quando apareceu no Felgueiras, na recta final do declínio do clube.
Em 2005, seguiu para o Famalicão, antes de viver dias de glória no Vitória de Guimarães, na caminhada dos vitorianos em direcção ao escalão principal. Participou nos momentos de festa mas, com apenas um golo em nove jogo realizados na segunda liga, acabou por despedir-se dos companheiros.
No início da presente temporada, rumou ao Vila Meã, voltando aos escalões profissionais na reabertura do mercado. No Penafiel, pela mão de António Sousa, procura reconquistar a confiança e ganhar estatuto na Liga Vitalis. Em três jogos na competição, já marcou um golo. Ainda teve tempo para crescer.

Djibril quer ser como Cissé
Djibril Djaló cumpre a estreita ligação da família com o Boavista e começa a aparecer entre os grandes, aproveitando a nova montra desportiva patrocinada pela Liga Intercalar. Nascido a 10 de Janeiro de 1990, o médio tem as aspirações de qualquer jovem de 18 anos que sonha ganhar a vida a jogar futebol.
Tem talento, justifica a linhagem de Bobó, e vai permitindo aos adeptos axadrezados matar as saudades daquela figura peculiar, aquele mouro de trabalho da década de 90. Djibril, ligado ao francês Cissé pela admiração e pelo nome, vai dividindo o seu tempo entre os juniores do Boavista e os 6 jogos na Liga Intercalar. Seja através de Kaby, Bacari ou Djibril, a marca de Mamadu Bobó continuará a perdurar.