Nasceu em Braga a 28 de Setembro de 1992; aos cinco anos rumou ao Brasil, país dos seus pais; com 13 trocou o conforto familiar na cidade de Brasília pelo sonho cosmopolita de Barcelona. Aos 16, é figura maior dos juvenis B do gigante catalão e internacional sub-17 por Portugal.
Vamos, então, às apresentações. Luís Gustavo, Gugu, é filho de Marcílio Santos, antigo futebolista do Sp. Braga e do U. Leiria. Por coincidência, veio ao mundo no período em que o seu pai vivia em Portugal. Tem, por isso, nacionalidade lusitana, parcelada com um toque genético do futebol brasileiro.
O Maisfutebol foi em busca de mais informações e encontrou Luís Gustavo na Cidade-Condal. Possuidor de um discurso surpreendentemente maduro para a sua idade, o médio-ofensivo falou-nos sobre o percurso invulgar que vai marcando a sua ainda curta carreira.
«Eu disputei um torneio no Paraná, onde estavam muitos olheiros. Um empresário gostou do meu futebol e pediu autorização para fazer um DVD. Mostrou as imagens ao Barcelona e, depois de 15 dias à experiência, acabei por vir para aqui com apenas 13 anos».
13 jovens camaroneses nos quartos ao lado
O admirável mundo novo não assusta Luís Gustavo. Os seus dias são simples e distribuídos entre a Academia do Barcelona, onde vive, e a escola que frequenta. As preocupações são atenuadas pela atenção e cuidado dos responsáveis pela formação do clube e muitos dos tempos livres vividos com os colegas de habitação.
Entre eles, 13 jovens dos Camarões, levados para o emblema blaugrana por Samuel Etoo. «Considero-me um rapaz perfeitamente normal. Tive a sorte de vir para cá e quero aproveitar esta oportunidade. De resto, com limites, gosto de me divertir, estar com os meus amigos, sair e jogar computador», diz-nos, maravilhado com o que a vida lhe tem reservado.
«O ambiente é mesmo fantástico aqui. Não posso reclamar de nada. Adaptei-me bem, falo castelhano na perfeição e anseio um dia poder representar a equipa principal do Barcelona.»
Para já, o contacto com a equipa profissional do Barca vai fazendo-se à distância. Gugu costuma ver os treinos «ao longe» e lamenta apenas não haver nenhum português no elenco às ordens de Pep Guardiola.