Cristiano Ronaldo chegou de depósito cheio mas a equipa não o conseguiu acompanhar e, depois de chegar à reserva, acabou mesmo por ficar apeada.
A Juventus ficou logo sem 20 milhões em combustível (uma queda abrupta na bolsa) e deixou pelo caminho um dos principais objetivos da temporada: a conquista da Liga dos Campeões.
Aliás, essa era a intenção de Agnelli, quando surpreendentemente foi buscar Ronaldo ao Real Madrid. Mas o português não faz tudo sozinho e, apesar daquilo que já deu à Juventus, principalmente (e para já) a nível mediático, a verdade é que não foi suficiente para chegar pelo menos à final de Madrid.
Depois de eliminar o Atlético, com Ronaldo a carregar a equipa às costas, todos pensavam, inclusivamente este que vos escreve estas linhas, que as meias finais eram favas contadas.
Mas mais uma vez o Ajax mostrou-se uma verdadeira equipa, recheada de jovens valores e acima de tudo completamente descomplexada. Sem a pressão de chegar seja onde for, os miúdos de Amesterdão continuam a caminhar em passo firme, e agora já ninguém duvida que podem sonhar alto.
À hora a que escrevo este artigo ainda não sabemos o desfecho da eliminatória entre Manchester City e Tottenham, mas garantidamente que Guardiola e Pochettino já sabem o que os espera: um dos dois vai ter que pensar e muito na melhor forma de ultrapassar o renascido Ajax.
E já todos sabemos que não vai ser fácil.
«Balolas» é um artigo de opinião de Paulo Pereira, jornalista da TVI, que escreve neste espaço de três em três semanas