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O Benfica teve de receber o troféu de campeão nacional de basquetebol no balneário dos visitantes do Pavilhão Dragão Caixa, no Porto. O arremesso de objetos, incluindo cadeiras, no Pavilhão Dragão Caixa impediu esta quarta-feira a consagração dos encarnados, logo depois da vitória sobre o FC Porto no quinto jogo da final (53-56).

Os encarnados deixaram o campo sob proteção policial, perante uma chuva de objetos lançados por adeptos portistas, que motivou à intervenção dos agentes da PSP para conter os mais exaltados. Tudo terá começado com uma discussão entre o treinador do Benfica, Carlos Lisboa, e jogadores do FC Porto, que provocou uma reação do jogador portista Nuno Marçal.

Os adeptos reagirem em poucos segundos, com o arremesso de vários objetos para o campo. Elementos do corpo de intervenção da PSP foram chamados para dispersar os elementos da claque, e chegaram a recorrer às bastonadas. Em resposta, os adeptos atiraram pedras para dentro do pavilhão. Após os incidentes, o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, reuniu-se com o corpo policial presente.

O Maisfutebol contactou o Comando Metropolitano da PSP do Porto, que assegurou ainda não ter recebido qualquer relatório dos agentes presentes, o que só deverá acontecer esta quinta-feira.

O FC Porto, entretanto, queixou-se da ação da polícia, em comunicado:

«O FC Porto requisita a polícia para garantir a segurança de todos os intervenientes e espectadores nos espectáculos desportivos que se disputam em nossa casa. Infelizmente, na noite desta quarta-feira, a polícia agrediu gratuitamente uma série de espectadores, entre os quais mulheres e crianças, que nenhum crime cometeram, apenas se deslocaram ao Dragão Caixa para assistir a um jogo de basquetebol.

Incompreensível e inaceitável que a polícia se esqueça da sua primeira missão é proteger os cidadãos e prefira bater indiscriminadamente.

Mas porque tudo tem uma origem, convém historiar. O treinador Carlos Lisboa, do Benfica, podia perfeitamente festejar a vitória de forma urbana e civilizada, mas preferiu fazê-lo provocando e insultando com palavrões os adeptos do FC Porto. Ao mesmo tempo, um roupeiro do mesmo clube arremessou objectos para a bancada, o que originou um clima de tensão que inviabilizou a entrega da Taça. Convém recordar que em momento algum houve invasão do terreno de jogo por um só adepto que fosse. A polícia de imediato deveria ter dado essa indicação, mas preferiu utilizar a força de forma despropositada e desproporcionada.

O FC Porto exige que se apurem responsabilidades e se encontrem o responsável ou os responsáveis por se ordenar a agressão à bastonada de cidadãos anónimos, como um grupo de jovens raparigas barbaramente agredidas pela polícia.»