Comecemos pelas boas notícias. João Moutinho marcou um golaço na Allianz Arena. Agora as más notícias. Nessa altura, o Sporting já perdia por três e sofreu outros quatro até ao apito final. Contas feitas, a eliminatória mudou aos cinco e acabou aos doze, para um Bayern de Munique que raramente facilitou. Despedida muito triste dos leões, superando a pior derrota europeia na história do clube (1-6 frente ao Hibernian, em 1972, para a Taça das Taças).
Paulo Bento devolveu Miguel Veloso ao onze do Sporting, mas obrigou o jogador a nova adaptação ao lado esquerdo da defesa. O resultado não foi o ideal, com Veloso a sair ao intervalo. Não foi por aí. Ou só por aí. Anderson Polga e Rui Patrício nem deviam ter saído de casa. A pressão germânica baixou na etapa complementar, permitindo à equipa portuguesa salvar um pouco da tal honra de que o treinador falava.
Um aviso ao sétimo minuto
O resumo do jogo, pelo menos da primeira parte, pode cingir-se ao evoluir do marcador. 1-0, ao sétimo minuto. Veloso atrasa para Polga, o brasileiro alivia mal e coloca a bola ao alcance de Podolski. Este tabela com Zé Roberto e dispara, de fora da área. Rui Patrício não se fez ao lance.
Logo aí, percebeu-se que seria complicado evitar novamente uma noite triste para as cores portuguesas. O Bayern de Munique, mesmo poupando algumas unidades, carburava a ritmo elevado e aproveitava a soma inacreditável de falhas do Sporting.
Polga desnorteado
Pouco depois da meia-hora, começou a troca de equívocos entre Patrício e Polga. No 2-0, o guarda-redes saiu da baliza, marcou posição mas falhou o desvio, devido a um toque de cabeça do brasileiro. Podolski aproveitou e bisou. Pouco depois, eliminando intermediários, Anderson Polga tentou aliviar na sequência de um canto e balançou as próprias redes.
O Sporting tremia mas ainda tentou dar um ar da sua graça, com João Moutinho a encher o pé para bater Butt. O golo de belo efeito de pouco valeu, com o Bayern a responder de imediato. Nova incursão pelo flanco direito e Schweinsteiger a marcar o quarto.
A goleada mais natural
Paulo Bento procurou agitar as hostes ao intervalo, deixando Miguel Veloso e Pereirinha no balneário. Mas nada havia a fazer. A equipa estava de rastos. Mesmo baixando o ritmo, o Bayern de Munique ampliou a goleada com naturalidade, na etapa complementar.
O jovem Muller refrescou o lado direito da formação germânica a abriu caminho para o quinto golo, apontado por Van Bommel. Pedro Silva borrou a pintura em definitivo, cometendo uma grande penalidade evidente, para o golo de Klose. O lateral brasileiro ainda surge na fotografia do sétimo e último golo do Bayern, ao deixar fugir Klose, que incomodou Patrício na sequência de um canto. A bola terminou apenas nos pés de Muller, fechando a pior página da história do Sporting na Europa.