O Marítimo destronou, provisoriamente, o Sporting do quarto lugar e ficou a apenas dois pontos do Sp. Braga, o actual terceiro posto. Os insulares voltaram a dar prova do excelente momento que atravessam e, em especial, mostraram por que razão são uma das melhores equipas a jogar fora.

Num terreno onde não ganhavam para o Campeonato desde 1992, os verde-rubros repetiram, curiosamente, o triunfo que permitiu, já esta época, eliminar o Beira Mar da Taça de Portugal. Na altura, marcou Olberdam, desta feita foram Sami e Danilo Dias que carimbaram mais um triunfo fora de portas.

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Por seu turno, os aveirenses voltaram a revelar as tradicionais dificuldades nos jogos em casa, onde apenas venceram uma vez, ostentando, consequentemente, o título de anfitrião mais simpático da Liga. Pior: esta foi a terceira derrota consecutiva dos comandados de Rui Bento.

No duelo de baixas, os aurinegros acusaram de forma mais veemente, como é natural, as sete ausências para esta partida. Sobretudo na defesa, onde a experiência de Hugo teria dado jeito, num contraste gritante com a juventude de praticamente todos os elementos do sector. Ao contrário, os funchalenses, «órfãos» de Baba, souberam lidar bem com a saída do goleador.

Eficácia e «tiki-taka» à moda da Madeira

O Beira Mar entrou, todavia, a todo o gás. Autoritária, mostrando pressa em chegar ao golo, a equipa de Aveiro teve na cabeça de Élio uma enorme oportunidade para inaugurar o marcador mas fez mas Peçanha fez uma grande defesa. Logo a seguir, Briguel tirou sobre a linha de golo o remate de Douglas, com o brasileiro, logo a seguir, em boa posição, a atirar por cima!

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A pressão foi intensa, porém faltou eficácia aos donos da casa para a materializar. O Marítimo estabilizou, acertou com as marcações, e, a partir daí, passou a mandar no jogo. Espreitou o golo por Pouga, deu trabalho a Jonas, e, num ápice, estava na frente do marcador.

O Beira Mar bem tentou, acto contínuo, recuperar da desvantagem mas à boa postura dos maritimistas, juntou-se, a páginas tantas, uma lentidão de processos e uma previsibilidade tal na abordagem atacante que chegou a irritar os adeptos locais.

O «tiki-taka» à moda da Madeira fez, nesta altura, toda a diferença. A segurança no passe dos jogadores de Pedro Martins chega a impressionar, num carrossel constante que, a espaços, faz lembrar o Barcelona de Guardiola.

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Mesmo quando o Beira Mar arriscou tudo na busca do empate, os ilhéus mostravam ter o jogo controlado e deram sempre a sensação de que podiam marcar o segundo a qualquer momento. Assim foi. Com nota artística e tudo. Um grande remate de Danilo Dias, que assentou bem à qualidade do avançado brasileiro.

O Beira Mar ainda reduziu, por intermédio de Zhang, lançando alguma incerteza para os últimos 10 minutos, mas o Marítimo ainda tinha pilhas e voltou a fazer circular a bola, mantendo-a ao máximo afastada da área de Peçanha. Que personalidade!