A figura: Yazalde

Abriu o marcador com um remate do meio da rua, na primeira traição da noite à ex-equipa. Entusiasmou-se, tomou-lhe o gosto, e quis voltar a provar. Deu tanto trabalho aos antigos colegas da defesa que, por vezes, só mesmo uma grande dose de agressividade o conseguiu parar. Mas quando lhe deram espaço, foi fatal. Serviu Rúben Ribeiro para o terceiro dos aveirenses, com conta, peso e medida, e ainda podia ter «matado» o jogo num cabeceamento que passou a rasar o poste.

Outros destaques:

Hélder Lopes

Ganhou espaço com a saída de Joãozinho para o Sporting e começa, definitivamente, a afirmar-se. Grande pulmão e capacidade ofensiva, deixando a defesa dos minhotos em apuros mais do que uma vez. Na retina ficou um lance logo no início da segunda parte que poderia ter mudado a história do jogo, mas também o primeiro e o segundo golo nascem de livres seus.

Rúben Ribeiro

Vinha a ameaçar desde o início do jogo, com grande dinâmica no ataque e belas combinações com Yazalde. O companheiro, generoso, não o esqueceu na hora de lhe servir um golo de bandeja. Desde que falhou a grande penalidade em Alvalade tem sido sempre a subir.

João Pedro

Voltou a saltar do banco para agitar uma partida. Incisivo como é habitual, soube esperar pela oportunidade para ficar ligado à história do jogo. Relançou a equipa com novo empate a 10 minutos do fim.

Hugo Viana

Quem tem tamanha precisão no pé esquerdo quase nem precisa de correr. Duas assistências para golo (o segundo dos minhotos nasce de uma defesa incompleta de Rego a um livre seu) como quem toma um copo de água e mais um par de passes de grande qualidade deixaram-no entre os melhores do Braga este domingo.

Éder

Nunca dá um lance por perdido e a resistência faz dele um tormento para os centrais. A codícia pelo golo foi recompensada com um passe de morte de Hugo Viana, que não enjeitou, mas houve mais: lutou até à exaustão e deve ter deixado as pernas de Tonel e Jaime cheias de nódoas roxas.