O Beira Mar apresentou esta quinta feira os seus três primeiros reforços para tentar fugir dos lugares da despromoção. Três aquisições a título de empréstimo até final da época. Sem surpresas, já que os jogadores em causa (Eduardo, Matheus e Ezequias) já haviam sido integrados no plantel há alguns dias, a cerimónia serviu apenas para oficializar as contratações e registar as suas primeiras palavras enquanto atletas beira-marenses. Recorde-se que a apresentação esteve para acontecer na semana passada, mas as ausências de vários dirigentes, aliadas ao impasse em torno do empréstimo de Ezequias, levou a um adiamento.
O jogador emprestado pelo F.C. Porto não se mostrou incomodado pelo facto de deixar um clube que luta por títulos e passar a representar outro que apenas almeja a manutenção, porque a sua prioridade é jogar com regularidade. «Isso não influi em nada. Eu quero é ser utilizado e o Beira Mar abriu-me as portas para poder mostrar o meu potencial. Sei que tenho qualidade para jogar no FC Porto, mas agradar a todos nem Jesus foi capaz. O treinador fez a sua opção e agora só tenho de trabalhar para poder voltar ao clube»
Ezequias revelou ainda que teve outros clube interessados, tendo optado pelo Beira Mar por influência de Carlos Carvalhal: «Já me tinha tentado contratar duas vezes. Penso que fiz uma excelente opção. Apesar da situação em que se encontra, este é um clube do qual sempre ouvi falar muito bem», revelou o brasileiro, de 25 anos, que escolheu o número 4, e se diz à vontade para jogar tanto a central como a lateral-esquerdo.
Ex-bracarenses
reencontram Carvalhal
De Braga para Aveiro, onde vieram reencontrar Carlos Carvalhal, viajaram o guarda-redes Eduardo e o extremo Matheus. Este último, lamentou as poucas oportunidades que teve no Minho e mostrou-se confiante numa nova etapa na sua carreira bem diferente. «Optei pelo Beira Mar e é nele que vou ter de me concentrar até ao final da época. Quero ajudar a equipa a sair desta situação, em conjunto com os meus companheiros, para poder voltar para Braga, ficar lá, ou até ir para um grande», referiu o avançado, a quem ficou destinada a camisola 99.
Eduardo, por sua vez, será aquele que terá a missão mais ingrata, já que enquanto guarda-redes terá de enfrentar a concorrência do até agora titular, Alê. «É um desafio. Aceitei vir para Aveiro, porque o presidente e o treinador, que eu já conhecia, mostraram confiança no meu trabalho. Se serei suplente ou terceira opção, é algo que vocês [jornalistas] podem dizer, mas eu considero-me, acima de tudo, um profissional futebol. Joguei nos últimos cinco anos na equipa B e, se tive oportunidades no Braga, foi porque sempre tive grandes guarda-redes à minha frente, como o Paulo Santos, que é indiscutivelmente um dos melhores de Portugal», referiu o novo proprietário da camisola 12 do Beira Mar.