No espaço de cinco dias o Benfica perdeu dois jogos importantes com golos sofridos em período de compensação. Um custou a liderança da Liga (e o título?), outro custou a Liga Europa. Azar ou desatenção, a verdade é que há uma semana a equipa de Jorge Jesus praticamente não sabia o que era isso.

Antes de Kelvin e Ivanovic, o Benfica só tinha sofrido um golo para lá do minuto 90, na presente temporada. E até foi um autogolo, apontado por Jardel em Bordéus. A equipa francesa fez então 2-2 nos oitavos de final da Liga Europa, mas Cardozo marcou logo a seguir, garantindo vitória portuguesa (2-3).

É que nesta contabilidade de golos tardios, o saldo do Benfica até é favorável. Já marcou sete vezes para lá do minuto 90, esta época. Óscar Cardozo foi responsável por três desses tentos (duas vezes em Moreira de Cónegos, para além de Bordéus).

Dos sete golos do Benfica em período de descontos do segundo tempo, dois valeram vitórias (o de Cardozo em Bordéus e o penalty de Lima que derrotou a Académica na 19ª jornada da Liga) e dois valeram empates (um de Cardozo em Moreira de Cónegos, para a Taça da Liga, e o de Salvio em Newcastle, a carimbar o apuramento para as meias-finais da Liga Europa).

O primeiro golo sofrido pelo Benfica nos descontos, o tal autogolo de Jardel, pouco ou nada pesou. O empate até bastava ao Benfica, mas Cardozo marcou logo depois. Os golos de Kelvin e Ivanovic pesam bem mais.