Rodolfo Moura foi esta terça-feira um dos prelectores do 2º Seminário Nacional de Medicina e Traumatologia Desportiva organizado pela área de formação do Benfica. O enfermeiro especializado em cinesoterapia - uma vertente da fisioterapia que contempla a recuperação através do movimento - do clube da Luz falou do papel que um elemento desta área desempenha num clube de alta competição, como a importância na prevenção e na rápida, e correcta, avaliação das lesões. O pensamento positivo que se tem de transmitir a um atleta quando está em fase de recuperação, principalmente quando se trata de lesões graves, foi também destacado.
Os presentes no anfiteatro do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, quiseram conhecer melhor a experiência de Rodolfo Moura e quais os passos necessários para chegar onde já chegou este enfermeiro/cinesoterapeuta, que já conquistou títulos no F.C. Porto, Sporting e Benfica.
Depois dos aplausos e de satisfazer parte da curiosidade dos profissionais de saúde que assistiram ao seminário, Rodolfo Moura reforçou que encara com naturalidade ver que o seu trabalho reconhecido: «Sou o que sou e fico feliz por ver reconhecido o valor que é citado em público. Irei continuar a ser o mesmo indivíduo com a humildade intelectual que muito prezo. Deixa-me muito feliz recuperar um jogador e também fico feliz por poder transmitir aos outros parte da minha experiência.»
Durante a prelecção, Rodolfo Moura falou da importância da prevenção de lesões, exemplificando posteriormente que é precisamente para prevenir pubalgias que os jogadores realizam trabalho especifico quando apresentam queixas na zona da púbis. Numa altura em que Nélson está a contas precisamente com queixas deste tipo, e depois de Simão, Quim e Manuel Fernandes já terem sido operados a hérnias inguinais, o cinesoteraupeta do Benfica fez questão de esclarecer que se fala de «síndrome púbico quando existe uma dor na zona da púbis e na maioria das situações não são pubalgias, mas sim hérnias inguinais típicas de desportistas, que se não fossem atletas nunca teriam essa manifestação». Rodolfo Moura destacou ainda que a primeira opção é «sempre o tratamento conservador e só depois se pensa na intervenção cirúrgica», quando a lesão não é mesmo debelada.