O Benfica empatou com a Juventus 1-1, em Genebra, no penúltimo «teste» da pré-temporada, numa partida em que as duas equipas levaram muito a sério, com total aplicação da maior parte dos jogadores. Jorge Jesus apresentou uma equipa já próxima do «produto final», oferecendo uma última oportunidade a Michel (desperdiçada) e reforçando a aposta em Melgarejo como lateral esquerdo (desta vez com bons sinais). Os golos só surgiram nos últimos instantes mas, pelo meio, sobraram muitas e boas indicações.

Era um teste difícil, frente ao campeão de Itália, que contou com cinco titulares da «squadra azzurra», entre os quais Andrea Pirlo, para muitos o melhor jogador do Euro-2012. O treinador do Benfica manteve as mesmas apostas na defesa, reforçando a confiança em Melgarejo, com Luisinho no banco. Mais à frente, jogadores de combate, com Witsel ao lado de Javi Garcia e Carlos Martins mais adiantado, entre Enzo Pérez e Gaitán, no apoio direito a Michel.

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Logo a abrir o jogo, Nico Gaitán caiu por terra, depois de uma entrada dura de um adversário, queixando-se de dores nas costas que o obrigaram mesmo a ceder o lugar a Bruno César. Apenas um primeiro sinal de que este jogo era a doer. Sem ninguém com medo de meter o pé, os choques multiplicaram-se na zona central, mas a Juventus raramente conseguiu profundidade graças ao acerto da defesa em linha do Benfica, com o adaptado paraguaio a acertar o compasso com os companheiros, para deixar sucessivamente Matri e Giovinco fora de jogo.

O jogo seguiu tenso, com escassas oportunidades e a Juventus também se viu forçada a uma alteração, com Marchisio a sair com o mesmo problema de Gaitán. Equilíbrio total, com a Juve a conseguir ter mais bola na ponta final da primeira parte, mas com o Benfica a chegar ao intervalo com mais remates, graças ao tiros de fora da área de Carlos Martins e Bruno César.

Artur defende penalty!

Logo a abrir a segunda parte, grande penalidade para a Juventus, por uma alegada falta de Maxi sobre Matri. Para não ficarem suspeitas, Artur defendeu o castigo máximo e o jogo prosseguiu sob o domínio do equilíbrio. Agora mais rápido, mais intenso, mesmo com as constantes alterações promovidas pelos treinadores. A meio da segunda parte, Jesus juntou Mora a Cardozo que já tinha rendido Michel ao intervalo e o Benfica passou a atacar com dois avançados. O uruguaio esteve muito perto de marcar, num lance individual, mas Giovinco também podia ter aberto o marcador, tal como Pirlo que, na marcação de um livre, atirou ao poste.

Quando parecia que não iam haver golos, a dois minutos do final, Luisinho cruzou da direita e Cardozo, de cabeça, não falhou. A Juventus reagiu de dentes cerrados e ainda conseguiu o empate, nos descontos, por Krasic.

Jorge Jesus conta ainda com mais um «teste», no dia 11, frente ao Fortuna Düsseldorf, mas esta quarta-feira já deixou sinais claros que tem uma equipa pronta a levantar voo.



FICHA DO JOGO

Estádio de Genebra, na Suíça

BENFICA (4x2x3x1): Artur; Maxi Pereira, Garay, Luisão e Melgarejo (Luisinho, 78m); Javi García e Witsel; Enzo Perez (Nolito, 58m), Carlos Martins (Rodrigo Mora, 58m) e Gaitán (Bruno César, 5m; Ola John, 67m); Michel (Cardozo, 46m).

Treinador: Jorge Jesus.

JUVENTUS (4x4x2): Buffon (Storari, 46m); Lichtsteiner, Marrone (Masi, 65m), Bonucci e Padoni (Untersee,, 83m); Vidal (Pazienza, 83m), Pirlo (Pogba, 80m), Marchisio (Giaccherini, 31m) e Asamoah (Ziegler, 74m); Matri (Quagliarella, 58m) e Giovinco (Krasic, 74m).

Treinador: Antonio Conte.

Ao intervalo: 0-0.

Disciplina: cartão amarelo a Asamoah (25m), Maxi Pereira (48m) e Luisão (76m).

Marcadores: Cardozo (88m) e Krasic (90m)

Resultado final: 1-1.