Passaram 21 anos mas o sentimento de festa é o mesmo. O Feirense prepara-se para receber o Benfica no seu Marcolino de Castro. Desde a temporada 1989/90 que um grande do futebol português não visita Santa Maria da Feira, em jogos do campeonato, e, por isso, a expectativa é grande.

«Desde o Natal que não se fala de outra coisa», garante Rodrigo Nunes, presidente do Feirense, em conversa com o Maisfutebol. O tema de conversa nos arredores do remodelado estádio local não muda: Benfica, Benfica, Benfica.

É assim há um mês, pelo menos. «Foi sempre motivo de ajuntamentos, até porque havia a possibilidade de jogarmos em Aveiro, mas o povo daqui não queria. Vamos jogar no Marcolino de Castro como prémio para os habitantes de Santa Maria da Feira. Temos tido, diariamente, uma romaria de pessoas ao estádio para comprar os bilhetes e mesmo para ver como ficou. A festa já começou há muito», explica.

A procura por bilhetes começou «muito forte», mas, nos últimos dias, nota-se um abrandamento. Rodrigo Nunes, no entanto, não tem dúvidas: «Esperamos ter todos os lugares ocupados».

«Queremos que seja um dia de festa para o Feirense, para os habitantes de Santa Maria da Feira e para os benfiquistas que nos venham visitar», completou.

«Diabos Vermelhos» sem resposta

Nos últimos dias, o preço dos bilhetes para o jogo despertou uma ligeira polémica. A claque do Benfica Diabos Vermelhos anunciou boicote ao jogo como protesto pelo preço de 25 euros cobrado. Rodrigo Nunes desvaloriza o tema.

«Passa-nos ao lado. No futebol há muitas situações em que parece que há intenção em criar polémicas que considero desnecessárias. O Feirense é um clube colaborante com toda a gente, por vezes até subserviente. Tentamos afastarmo-nos de polémicas e preferimos não reagir a isso», justificou.

O dirigente não esconde a alegria pela remodelação que o estádio sofreu. «Está lindo de morrer», atira. «Tem todas as condições para os jogos da Liga e estamos empenhados em criar todo o conforto possível para quem quiser ver o jogo no sábado», completa.

Sobre o jogo em si, muitas cautelas. «Não temos muitas hipóteses, temos de ser sinceros, mas é verdade que no Marcolino as probabilidades aumentam um bocadinho, porque os nossos jogadores estão mais confortáveis cá do que em Aveiro. Vamos tentar contrariar o Benfica», promete.