Roger Schmidt, treinador do Benfica, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Inter, a contar para a 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões:

«Temos de ganhar em Itália por dois golos de diferença. A situação não é a melhor, claro, mas continuamos a acreditar.

Foi um jogo equilibrado sem muitas oportunidades. Penso que a primeira parte foi OK da parte das duas equipas, na segunda parte começámos bem e pressionantes, mas sofremos o golo. Não foi uma situação fácil, porque permitiu-lhes jogar mais em contra-ataque.

Tentámos tudo, os jogadores lutaram, tentámos criar oportunidades, o que não é fácil contra eles, porque são uma equipa bem organizada e que mete muitos jogadores atrás da linha da bola. Mas criámos algumas oportunidades e sofremos o penálti. Penso que também podíamos ter tido um penálti e na minha opinião fomos infelizes com as decisões do árbitro.»

Acreditámos até ao fim e tivemos um grande momento para marcar o 1-2, que ia ajudar-nos muitos. Temos de aceitar o resultado e vamos dar o nosso melhor na 2.ª mão.

[Este resultado pode estar relacionado com o cansaço como consequência da forma como a equipa joga, quase sempre a pressionar alto? E admite gerir a equipa tendo em conta o calendário?]

«Já disse algumas vezes que não somos invencíveis e que também perdemos jogos por vezes. Mas o que podemos esperar é que demos o nosso melhor para ganhar qualquer jogo. Ganhámos muitas vezes e agora perdemos o nosso primeiro jogo na Liga dos Campeões. Fizemos 12 até aqui e nunca tínhamos perdido. Nesta competição joga-se sempre contra equipas muito boas e há que aceitar que por vezes as outras equipas são mais eficazes e vencem este tipo de jogo.»

[Acredita que o Benfica ainda pode ganhar esta eliminatória?]

«Claro que é difícil, mas acreditamos nas nossas hipóteses. Precisamos de um jogo perfeito. Temos de ser ofensivos, mas também não descurar a parte defensiva. Não é fácil jogar em Milão numa segunda mão após um resultado destes, mas vamos dar o nosso melhor para dar a volta à eliminatória.»

[Está mais preocupado com os sete pontos que tem de vantagem à entrada para os últimos sete jogos na Liga ou com o segundo jogo em Milão?]

«Agora estou focado no Chaves no sábado. Temos de recuperar e olhar em frente novamente. Claro que os jogadores estão um pouco desapontados porque deram tudo o que tinham. Temos de ir passo a passo como fizemos ao longo da época, sem olhar para duas semanas à frente. O que temos de fazer é ganhar um jogo difícil em Chaves e é nisso que estamos focados agora. Nada mais importa.»