Bruno Lage garante que vai eleger o melhor onze para defrontar o Rio Ave este sábado e não vai fazer qualquer gestão para o jogo seguinte com o Lyon, para a Liga dos Campeões. O treinador admite que até é possível uma oscilação na qualidade das exibições, mas considera que, nesta altura, «vencer é determinante».

«O onze é em função da estratégia e do momento de cada um. Eventualmente poderá haver ou não mudanças. Ainda estamos a 24 horas do jogo, mas ainda nem passaram 48 horas depois do jogo com o Portimonense, portanto ainda há ainda muita situação a avaliar e muitas decisões a tomar», começou por referir.

O Benfica defronta o Rio Ave este sábado, depois volta a jogar na terça-feira em França com o Lyon. «É um jogo de cada vez. A nossa dinâmica parte essencialmente disso. Temos de encontrar respostas para cada momento. Veja a sequências de vitórias. Às vezes as exibições não vão ao encontro do que pretendemos, mas vencer é determinante», destacou.

O treinador considera que a prioridade passa sempre pelo resultado, só depois pela qualidade da exibição da equipa. «Tivemos consciência de que não fizemos um jogo tão forte em Tondela, mas coletivamente fomos uma equipa segura. Há vários momentos na época e em cada jogo e, às vezes, é mais seguro garantir os três pontos. O que temos de fazer é ir vivendo o nosso dia a dia, um jogo de cada vez. Andar sempre à procura da vitória e do melhor momento. O melhor onze vai entrar em campo para vencer. Depois o Lyon está a uma distância considerável para voltar a repetir o melhor onze e fazer um bom jogo», explicou.

O Benfica vence jogos e encontra adversários cada vez mais fechados. Tondela e Portimonense, por exemplo, defenderam com três centrais e o V. Setúbal chegou mesmo a jogar com uma linha defensiva com seis elementos. Temos sentido isso. Poucas equipas jogavam com esse sistema o ano passado. O Sporting jogou algumas vezes, o Belenenses também, o Aves. Depois havia ainda outras equipas que não jogavam com três centrais, mas baixavam um ala para defender com cinco», comentou.

Mais gente à frente da baliza, mas o treinador do Benfica defende que, nesses casos, há outros espaços a explorar. «Esses sistemas também nos dão alguns espaços. Se jogarem com uma linha de cinco, com quatro à frente e apenas um ponta-de-lança, vai-nos permitir espaços entre linhas. Eventualmente se o adversário decidir jogar com uma linha de cinco, três médios e dois avançados, outros espaços vão surgir, podemos explorar melhor a largura. Acho que o Rio Ave vai fazer um jogo muito semelhante ao que fez com o Sporting, muito pressionante, organizado e a pressionar no campo todo», referiu.

A verdade é que o Benfica chega a este jogo mais confortável, destacado na liderança. «A nossa maneira de ver a vida, o jogo e o treino e é olhar primeiro para dentro. Primeiro, olhar para o resultado, para a classificação, mas acima de tudo olhar para o que vamos fazer dentro do campo. Os problemas acontecem em função daquilo que que são os pontos fortes e fracos do adversário, nós temos de estar sempre prontos para evoluir», comentou ainda.