O Conselho de Arbitragem solicitou à direção da Federação Portuguesa de Futebol que pedisse proteção policial para Jorge Ferreira, árbitro do P. Ferreira-Benfica da 23ª jornada da Liga.

Fonte do conselho explicou à agência Lusa que este procedimento «é norma em casos do género», e consta de um pedido para que sejam tomadas «medidas necessárias para garantir a proteção dos árbitros».

Pelo que foi explicado ao Maisfutebol, este pedido é feito perante casos que são vistos como intimidação ou ameaça aos árbitros, nomeadamente quando se registam incidentes que entram na esfera privada dos mesmos.

É pedida então a colaboração da Polícia de Segurança Pública ou da Guarda Nacional Republicada, que adota os mecanismos habituais de proteção. Um acompanhamento discreto, numa tentativa de interferir o menos possível nas rotinas das pessoas protegidas, mas que pode ir da vigilância da residência ao acompanhamento dos filhos à escola, nomeadamente quando são menores de idade.

Esta proteção «não envolve qualquer segurança privada», garantiu fonte do CA à agência Lusa, que fala numa «disponibilidade impecável» das autoridades.

O pedido de proteção a Jorge Ferreira surge na sequência da polémica arbitragem no P. Ferreira-Benfica e do incidente verificado na noite de segunda-feira, quando um grupo de elementos dos «Super Dragões» apareceu no restaurante do pai dos árbitro, em Fafe.

Os elementos da claque acabaram por chamar a GNR, alegando que o proprietário recusava servi-los e também ceder o livro de reclamações, mas da parte do pai do árbitro também foi chamada a autoridade.

Os advogados de Jorge Ferreira emitiram um comunicado na noite de terça-feira, no qual referem que a presença dos «Super Dragões» tinha o intuito de «intimidar, coagir, ameaçar, insultar, difamar e condicionar».

O comunicado refere ainda que Jorge Ferreira «está de consciência absolutamente tranquila quanto às arbitragens que efetuou ao longo da carreira», reconhecendo que «cometeu erros, os quais nunca o foram de forma intencional».