Benni McCarthy diz adeus aos relvados. Será lembrado pelos golos que marcou, sobretudo entre os adeptos do F.C. Porto, mas o sul-africano era mais que isso: era uma personagem.

Não há ponta de insulto na constatação de facto. McCarthy fazia os jornalistas sorrir, garantia histórias sem fim, era animado num meio invariavelmente cinzento.

Será difícil esquecer as viagens constantes a Vigo ou a introdução de cabeleireiras num estágio do F.C. Porto para lhe fazerem um penteado (algo que irritou profundamente Co Adriaanse).

Benni fazia tudo isso e continuava a marcar golos. Não apresentava um discurso repleto de lugares comuns, sem ideias nem expressões faciais. Sorria e fazia sorrir.

Aos 35 anos e com alguns quilos a mais, como o vídeo recente demonstra, despede-se. E podemos assumir, sem pudor: nós, jornalistas, já temos saudades dele.