Karim Benzema é protagonista da última polémica em França. O avançado do Real Madrid não vê por que tem de cantar o hino gaulês quando outros como Zidane não o fizeram, e o partido de Le Pen já veio a público pedir a sua exclusão da seleção.
«Não sou obrigado a cantar o hino e não é por isso que gosto mais ou menos da seleção. Nunca o cantei em toda a minha vida e não o vou fazer agora. Não é por não o fazer que vou deixar de marcar um hat trick», afirmou o goleador, em declarações à RMC.
O futebolista, de origens argelinas mas nascido em Lyon, reforçou: «Amo a seleção, não entendo como se pode pôr isso em causa. É um sonho representar a França, mas ninguém me vai obrigar a cantar. Não vejo qual o problema. Zidane, por exemplo, também não o cantava. No estádio há adeptos que não o cantam... O importante é que estejamos todos unidos.»
A Frente Nacional, partido político de extrema-direita, dirigido por Marine Le Pen e com representação no parlamento francês, já reagiu, pedindo a exclusão de Benzema dos «Bleus».
Eric Domard, assesor para os assuntos desportivos de Le Pen, emitiu mesmo um comunicado oficial com a posição do partido: «A Frente Nacional condena esta atitude insultuosa, que suja uma vez mais a imagem da seleção francesa, já maltratada com o fiasco na África do Sul, os excessos dos jogadores no Euro-2012 e da seleção de esperanças há uns meses.»
No documento, Domard qualifica as palavras de Benzema como «um desprezo inconcebível e inaceitável» e o próprio jogador como «um mercenário do futebol, que cobra 1484 euros à hora».