Os jogadores de primeira divisão da Colômbia decidiram avançar com uma greve, depois de alguns pedidos de reforma na organização do futebol daquele país terem sido recusado. O anúncio foi feito pelo presidente da Associação de Futebolistas Profissionais, Carlos Gonzales, que salientou o recurso à greve como único recurso perante a recusa dos clubes em negociar.
Para além de aumentos salariais, os jogadores reclamam a defesa de direitos laborais e uma percentagem nas receitas televisivas e em outros negócios relacionados com o campeonato de futebol. Um dos jogadores mais inconformados com o actual estado de coisas é o ex-benfiquista Jorge Bermudez, que depois da passagem pelo futebol português e pela Argentina (Boca Juniors), regressou ao seu país para representar o América de Cali. «Não conseguimos sequer um esboço de entendimento nos últimos três meses. Ninguém gosta de ir para uma greve, mas parece que é a única forma de repararem em nós e nos respeitarem», afirmou o defesa.
Por detrás do impasse está um diferendo entre a Associação de Jogadores (Acolfutpro) e o organismo que representa os clubes profissionais, Dimayor: a Acolfutpro pretende passar a ser um parceiro reconhecido na assinatura e elaboração de contratos profissionais, algo que ainda não acontece na legislação colombiana.
Segundo a Acolfutpro, a greve vai afectar 14 dos 18 clubes da I divisão, incluindo os históricos America, Deportivo Cali, Millonarios e Santa Fe.