Jesualdo Ferreira, treinador do Boavista, depois do empate 2-2 no Dragão: 

«Nenhuma equipa nos vai pressionar como o FC Porto fez. Os jogadores interpretaram o que pedi, perceberam que têm capacidade para chegar aos resultados. Futuro? A primeira parte foi bem jogada e na segunda parte fomos capazes de resistir. Acreditámos que podíamos ganhar este jogo. Sentimo-nos conformados e felizes. Quando o Rami saiu, ficámos a jogar com dois jogadores de 20 anos, um de 19 e dois de 22. Num jogo destes, é decisiva a maturidade, a serenidade e a tranquilidade – o que no Boavista não é o caso. Só me posso sentir feliz porque vi que os jogadores não estavam contentes com o empate, queriam mais.»

[sobre a juventude da equipa]

«Só podemos construir coisas boas em cima de vitórias. No futebol e na vida. Precisamos de ganhar. O Boavista não pode dizer que tem uma equipa mesclada, tem mesmo uma equipa jovem. Os jogos no Bessa têm-nos sido adversos, à exceção do Benfica. Vamos tentar planear e estruturar os jogos para dar um maior entendimento aos atletas. Se isso acontecer como espero, acho que há vários jovens jogadores que poderão ser importantes no futuro.»

[reação superior nos jogos grandes]

«Bem nos grandes jogos? Não acho. Só se for a pensar no jogo com o Benfica, porque contra o Sporting e o Sp. Braga perdemos. Estou seguro ao dizer que hoje demos passos sólidos. É muito difícil competir quando as coisas não correm bem e não há a segurança de dizer que amanhã vai ser melhor. A sorte não nos tem ajudado e nestas coisas é preciso ter alguma sorte. Ter sorte é fazer dois golos em quatro ocasiões, como hoje. Mas isso também não é só sorte.»

«Quero enviar um abraço aos adeptos do Boavista. Se vocês viram que este é um Boavista à Boavista, então peço para caminharmos juntos até ao fim. Vai haver momentos em que não vamos ser capazes de fazer o que fizemos hoje, mas noutros seremos capazes. O Boavista tem sido muito penalizado [pela arbitragem] e chegou a altura das pessoas serem mais sensatas. O Boavista tem de ser respeitado por tudo o que é a sua história.»