Petit garante que o Boavista está determinado em colocar um ponto final na sequência de sete empates e uma derrota na Liga, já este domingo (18h00), na visita ao Estoril, em jogo da 24.ª jornada.

«É um adversário de qualidade, tanto em termos coletivos, como individuais, mas o nosso foco é conseguir os três pontos, que nos andam a fugir há algum tempo. Pelo que temos feito, temos estado mais perto de ganhar. É a ambição que tenho incutido nos jogadores para chegar aos jogos e disputá-los», partilhou o técnico, em conferência de imprensa.

As panteras acentuaram o estatuto de «reis» dos empates no campeonato, já com 13, na receção ao Benfica (2-2), ao anularem dois golos de desvantagem já na segunda parte, depois de terem entrado a perder pela quinta partida consecutiva em todas as provas.

«É a capacidade de acreditar naquilo que se faz. Gostávamos que a equipa fosse mais regular ao longo dos 90 minutos e que as entradas melhorassem. Andamos há vários jogos a ir sempre à procura do resultado. Essa reação é um bom sinal, mas tem de ser feita logo no primeiro minuto, entrando com foco e concentração, dentro das nossas dinâmicas e estando atento à forma como o adversário nos pode criar perigo», comentou.

Numa fase em que o Boavista segue apenas três pontos acima dos lugares de descida direta, Petit considerou que a conquista da primeira vitória fora de portas na Liga, após cinco igualdades e seis desaires, permitirá «um salto na tabela e mais confiança aos atletas».

«Ficava mais preocupado se a equipa não conseguisse criar oportunidades, nem reagisse às desvantagens, mas tem essa capacidade e apresenta muita intensidade. Os adeptos também estão a puxar muito e a gostar daquilo que vêem. Faz falta essa vitória, pois o ‘quase’ e o ‘se’ não existem no futebol. Temos de acreditar que ela está a chegar, mas com a mesma filosofia de trabalho, a encarar cada jogo como se fosse o último», frisou.

O equatoriano Jackson Porozo e o uruguaio Rodrigo Abascal regressam após castigo, ao contrário do francês Yanis Hamache, do colombiano Sebastián Pérez e do curaçauense Kenji Gorré, enquanto Miguel Reisinho continua lesionado e o montenegrino Ilija Vukotic, que tinha apresentado problemas físicos nas últimas semanas, «já começou a trabalhar».

«Olhando para a classificação, e o que temos trabalhado nos jogos, acho que poderíamos estar noutro lugar, mas faz parte do futebol e há que saber reagir. Neste período, temos crescido e sido competitivos, com bons processos e qualidade», observou Petit, numa retrospetiva aos três meses de trabalho desde que reassumiu o comando do Boavista.

Apesar do duradouro caminho até ao próximo triunfo, os «axadrezados» marcam há onze jogos seguidos em todas as provas e já registaram a sua melhor série no século XXI, estando a três de igualar o recorde fixado em 1997/98, sob alçada de Jaime Pacheco.

«Desde que cheguei, só perdemos dois jogos. É claro que os adeptos olham, vêem que não ganham e querem ver a equipa sempre mais acima na tabela, mas faz parte do meu trabalho continuar a fazer acreditar no processo e na ideia do clube. Temos estado a melhorar nisso, conhecendo bem o que é esta instituição e a sua história», finalizou.