O ministro da Economia espera que seja encontrada uma solução para a Qimonda Portugal, após ter sido conhecido que a casa-mãe, na Alemanha, declarou falência.

Manuel Pinho, em declarações exclusivas ao «Económico» online, disse esperar que, a confirmar-se a falência da Qimonda, «seja encontrada rapidamente uma solução para a fábrica portuguesa que a viabilize e mantenha os postos de trabalho».

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Apesar de não ter prestado declarações à Agência Financeira, o ministro disse ao «Económico» que o «Governo português fez tudo o que estava ao seu alcance».

A Qimonda, empresa alemã que fabrica chips, que pertence ao grupo Infineon, declarou a sua insolvência perante o tribunal de primeira instância de Munique.

A Qimonda emprega 13 mil pessoas, distribuídas pelas fábricas de Dresden, Munique e, em Portugal, Vila do Conde. Postos de trabalho que estão agora em causa.

Os problemas financeiros da empresa há muito que eram conhecidos, causados pela queda drástica dos preços na produção de chips de memória DRAM, devido à concorrência asiática.

O presidente-executivo da Qimonda, citado pela Reuters, explica que, de acordo com a lei alemã, pedir a insolvência da empresa permite-lhe acelerar a sua reestruturação e «recolocar a empresa de volta numa posição sólida». O responsável disse ainda esperar reestruturar as principais partes da empresa. «Esperamos continuar os nossos negócios com o apoio de um administrador de insolvência provisional».