Caixinha, Jardim, Vitória e Faquirá.

Em comum têm o facto de dirigirem equipas da Liga que por esta altura, à entrada para a parte final da época, respiram sem dificuldades.

De entre eles, alguns podem até aspirar a lutar pela qualificação para a Liga Europa, coisa imprevista quando a temporada 2010/11 arrancou.

A vitória do Paços de Ferreira em Sp. Braga deixou a equipa de Rui Vitória na quinta posição. Surpresa? Nesta altura nem por isso.

O Paços está há seis jornadas sem perder e já esta época conseguiu o feito de ganhar duas vezes ao Sporting. Tudo realizado a baixo custo, com muitos jogadores portugueses. Um exemplo, certamente baseado no bom trabalho do treinador.

Em Leiria, Caixinha tem tido problemas em casa, mas compensa fora. Perdeu jogadores fundamentais em Janeiro, mas nem isso nos impede de ver o essencial: construiu depressa uma equipa, há ali trabalho.

Faquirá já não é um novato nestas coisas, tem currículo feito a trabalhar em clubes pequenos e um curso acelerado sobre como trabalhar em condições penosas, quando dirigiu o Estrela da Amadora. Agora, em Olhão, aproveita a tranquilidade para jogar futebol agradável, sem abandonar os princípios de rigor que sempre caracterizaram as suas equipas.

Por último, Leonardo Jardim. O Beira Mar não ganha há quatro jornadas e isso tem empurrado a equipa para baixo. Mas não chega para esconder o essencial: o conjunto aveirense sabe jogar e o treinador madeirense tem demonstrado qualidade e personalidade. E para ele a vida tem sido difícil, face à delicada situação financeira do Beira Mar.

Talvez seja justo juntar a esta lista Carlos Mozer, o treinador da Naval. A equipa da Figueira da Foz tem jogado muito bem, não perde desde que foi ao Dragão, na jornada 16, e continua na luta pela manutenção. A mudança deu-se com a entrada do treinador brasileiro, é bem provável que não seja coincidência.