São agora conhecidos alguns pormenores da detenção do jogador argentino Desábato, logo após o encontro entre o Quilmes e o São Paulo, no Morumbi. Segundo o delegado do 13º Distrito Policial, o futebolista que proferiu insultos racistas contra Grafite chorou e tentou ligar para a família.
«Qualquer preso tem os seus direitos suspensos. Desábato é um preso como qualquer outro», explicou à imprensa brasileira Ítalo Miranda Júnior. «Aqui não é um hotel cinco estrelas, é uma cadeia», lembrou o delegado, que entretanto deixou os advogados visitarem Desábato, tal como deixaria a família se estivesse no Brasil. No entanto, não permitiu que o jogador telefonasse aos familiares.
Ítalo Júnior explicou que Desábato ficou isolado para sua própria segurança. «Ele [Desábato] não tem qualquer curso superior, mas, se fosse para um complexo penitenciário, poderia apanhar de algum preso por conta do que está sendo acusado», apontou.
Segundo o delegado, a cela do jogador argentino tinha dois metros quadrados e uma casa de banho. «Ele [Desábato] não quis tomar banho e muito menos comer a marmita. Comeu um lanche que foi dado pelos membros do clube argentino e frutas», revelou Júnior, acrescentando que o futebolista chegou à esquadra a chorar.