O São Caetano pode ser penalizado com descida de divisão na sequência da morte em campo de Serginho. O clube é acusado de ter tido conhecimento de que o jogador teria um problema de coração e ter por isso usado um futebolista que não tinha condições legais para estar em campo. O caso está a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Brasil.
«O problema de coração do Serginho foi detectado nos exames da pré-temporada, tanto que ele foi encaminhado ao Incor (Instituto do Coração) para fazer exames detalhados. Todos sabiam e colocaram-no a jogar. Isso ficou claro no inquérito», afirmou Luiz Zvetier, presidente do STJD
Serginho morreu a 27 de Outubro, aos 30 anos, devido a uma paragem cardíava durante um jogo do campeonato brasileiro com o São Paulo. Logo na altura correu a informação de que o clube já sabia dos problemas cardíacos do central e não tomou as medidas necessárias.
O médico do clube, Paulo Forte, confirmou que Serginho sofria de arritmia cardíaca de origem genética, mas o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, alegou que não tinha conhecimento dos problemas de saúde do jogador.
O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Brasil vai investigar agora o caso, num processo que pode ainda implicar sanções ao presidente e médico do clube.
Se ficar provado o conhecimento e a omissão do problema cardíaco de Serginho, o STJD poderá retirar ao São Caetano 24 dos 74 pontos conquistados em 42 jornadas do campeonato, o que deixará a equipa muito perto da zona de despromoção, a quatro jornadas do final do campeonato ¿ as equipas em zona de descida têm entre 38 e 42 pontos. Nesta altura o São Caetano ocupa o quarto lugar.