Tudo correu mal no jogo entre o São Paulo Star Pink e Flamengo-PI, da Taça Piauí de futebol feminino. Não havia luz, público, policiamento nem ambulância. O cenário piorou quando uma jogadora se sentiu mal e teve de ser assistida pela «presidente-enfermeira» do São Paulo, Francisca Rodrigues.

A dirigente teve de reanimar a jogadora batendo-lhe na cara e obrigando-a a inalar álcool, conta o Globoesportes, apontando que esta não é a primeira vez que Francisca Rodrigues teve de socorrer uma atleta - já tinha acontecido o mesmo na ronda anterior.

Aos 70 minutos, Sâmia foi atingida na cabeça e desmaiou.«Foi um "knockout"», disse a jogadora, prosseguindo: «A bola atingiu-me junto à sobrancelha. Fiquei bastante tonta. Até cheguei a pedir ajuda antes de cair.»

Este não foi o único caso que inspirou cuidados. No banco, uma jogadora teve de imobilizar o ombro com a camisola, depois de sentir dores. Outra fez um golpe na sobrancelha, mas voltou para dentro de campo. Uma atleta do Flamengo-PI passou por uma situação semelhante.

Segundo o Globoesportes, durante esta competição nunca houve ambulâncias nos estádios, assim como profissionais de saúde. Isso levou a presidente do São Paulo a tecer algumas críticas: «A presença de uma ambulância seria o ideal. O futebol feminino é menosprezado.»

No Brasil só se prevê a obrigatoriedade de existência de ambulâncias em partidas oficiais. A Taça Piauí de Futebol feminino é uma prova amadora da Federação de futebol do estado.