Paulo Duarte é mais um português que dirige uma equipa nacional no estrangeiro com sucesso. No caso, o antigo jogador e treinador da União de Leiria está à frente da selecção do Burkina Faso, que tem surpreendido no futebol africano.
Na luta pela qualificação para o Mundial 2010, a meio de uma «caminhada fantástica e impensável no início», o Burkina Faso terminou no primeiro lugar do grupo da segunda fase de qualificação.
Seis jogos, cinco vitórias e um empate é o saldo conseguido por Paulo Duarte nesta aventura, ainda incompleta. Para trás deixou, por exemplo, a super favorita Tunísia, orientada pelo também português Humberto Coelho.
Na terceira e última fase de qualificação para o Mundial2010, o Burkina Faso vai enfrentar no Grupo E a Costa do Marfim, a Guiné Conacri e o Malawi, todas equipas «muito fortes» para a realidade do continente.
Paulo Duarte assume o orgulho pelo trajecto que está a conseguir na primeira experiência no estrangeiro. «É uma enorme satisfação, é histórico e uma sensação única de vitória», assumiu à Agência Lusa.
O futuro tem tudo para ser risonho e Paulo Duarte já definiu a estratégia: «Encarar a qualificação jogo a jogo, pensar em ganhar a cada partida e fazer as contas no final». O treinador não esconde que «ir à CAN era algo fantástico» para uma selecção de «média projecção». Sem entrar em euforias, o antigo capitão leiriense pensa apenas no momento, mas assume um desejo: «Vamos ver como correm os jogos. Adoraria ter a mesma qualidade de jogo demonstrada até agora».
O primeiro lugar de cada um dos cinco grupos da terceira fase africana de qualificação garante a presença no Mundial 2010 da África do Sul e um lugar na Taça Africana das Nações (CAN), competição à qual o Burkina Faso nunca chegou. Talvez seja desta, com um português ao leme.