Pedro Caixinha acha que o U. Leiria até ganhou com a mudança para a Marinha Grande. Na véspera da estreia na Liga, esta segunda-feira frente à Académica, o treinador mostra-se entusiasmado.

«Sentimo-nos claramente em casa. Ficámos claramente identificados com o espaço e com as pessoas. No primeiro dia em que chegámos, fomos recebidos pelo presidente da câmara, a desejar-nos felicidades, a dizer-nos que esta era a nossa casa e a disponibilizar-se para nos ajudar. Foi uma receptividade incrível, que nunca tivemos em Leiria», contou, citado pela Lusa.

O treinador fala em melhores condições do que em Leiria, cujo estádio a equipa deixou em desentendimento com a Leirisport, empresa municipal proprietária do recinto. «Permite-nos ter o relvado em melhores condições, para o nosso jogo de posse, para que a circulação seja feita com eficácia e velocidade. Antes deslocávamos uma, duas e até três vezes por semana a locais como Mira de Aire, Óbidos, Rio Maior, entre outros e era mais uma sobrecarga ao desgaste que o treino exige.»

O facto de poder fazer todo o trabalho no mesmo espaço leva o treinador a uma comparação, digamos, histórica. «São esses os princípios da Revolução Industrial: concentração, maximização, ¿standardização¿. Aqui as pessoas sentem-se em casa, é só pegar no carro, chegar e depois do trabalho cumprido vão à sua vida social, que também é importante. Uma fábrica hoje em dia obedece a esses princípios e o nosso clube também tem de passar por esses princípios.»

Caixinha até espera melhorar o número de adeptos no estádio. No jogo de apresentação já estiveram cerca de três mil espectadores, nota: «Três mil é um número superior à média que tínhamos em Leiria. Queremos que as pessoas venham, mas queremos sobretudo ser nós a chamar mais pessoas, com a qualidade do jogo e dos resultados.»