A Juventus apresentou segunda-feira uma demanda no Tribunal Administrativo Regional de Lazio (TAR) contra a Federação Italiana de Futebol (FIGC), em que exige 444 milhões de euros por danos e prejuízos acumulados durante os últimos cinco anos, com o escândalo «Moggigate» da Serie A. Além disso, a «Vecchia Signora» reclama uma possível discriminação no tratamento em relação ao Inter e conduta ilícita no «Moggigate».

O clube quantificou a perdas na última meia década e percebeu que perdeu 113 milhões de euros com a descidas das acções na bolsa, 20 milhões no atraso da construção do estádio, 110 milhões por desvalorização da marca Juventus, 79,1 milhões por não poder actuar na Liga dos Campeões, 60 milhões pela venda de jogadores aquando do descida de divisão e 41,6 milhões que se deixaram de adquirir nas receitas televisivas.

A esta verba há ainda que somar, caso o tribunal obrigue a Federação a pagar, os juros acumulados até ao dia do pagamento.

A Juventus tomou esta decisão depois de conhecer a decisão final deste escândalo, emitido na semana passada, que condenou Luciano Moggi a cinco anos e quatro meses de prisão, além de confirmar a perda dos títulos de campeão nacional conquistados pela Juve em 2005 e 2006.

Giancarlo Abete, presidente da FIGC, reconheceu que a Juventus «tem o direito de levar em frente nos modos e nos tempos que considera oportunos esta batalha», ainda que considere que «tinha sido melhor noutra altura».