Na primeira jornada, com o Marítimo, Carvalhal estacionou o autocarro e levou um ponto da Luz.

Ele diz que os autocarros não marcam golos e tem alguma razão. Mas pouca. Sem grande mérito próprio, é provável que chegue ao fim do campeonato com esse «título»: foi o único a não perder na Luz, com o Benfica de Jesus.

Esta noite, com o Sporting, Carvalhal não estacionou o autocarro. Pelo contrário. Jogou no meio-campo do Benfica durante algum tempo, às vezes até com perigo.

Mas assim que o Benfica reagiu, na segunda parte, o Sporting deixou-se ficar. Lance após lance. Convencido da força do adversário ou, talvez, satisfeito por estar a conseguir empatar.

No banco, Carvalhal não percebeu nenhum dos sinais que vinham do relvado. Ou, se percebeu, não soube reagir. Adormecido à chuva, nada fez. O treinador deve ter deixado frustrados os comentadores geniais que olham para ele e vêem alguém com ambição para treinar o Sporting.

Neste jogo, como em outros momentos da temporada, Carvalhal demonstrou que lhe falta muito para ser um treinador com capacidade de levar um grande ao título. Ou lá perto.