Carlos Janela, a partir da utilização do jogador, percebeu que também tinha errado: «Quem imaginava que o gabinete jurídico do clube não foi consultado ao longo do processo? Não desconfiei quando este chegou às minhas mãos. Colocaram-me como o único culpado, o único que conhecia Meyong. Quantas vezes na apresentação de Meyong o engenheiro Cabral Ferreira se gabou do excelente negócio que fez? Perguntem ao Meyong e ao Levante se tive alguma conversa com eles antes do final do ano? Não tive. Tenho 20 anos de profissionalismo e todos sabem como trabalho. Só tive envolvimento na fase terminal. A verdade vai sempre superiorizar-se a qualquer embuste, tudo isto foi o aproveitamento da minha dignidade profissional.»
Carlos Janela faz a cronologia da contratação de Meyong
Por fim, o dirigente acabou por afirmar que também coloca a possibilidade de «o presidente ter sido enganado» até porque na segunda-feira o presidente do Levante garantiu ao telefone ao próprio Cabral Ferreira: «Cabral, ele não jogou, Cabral ele não jogou.» Garantiu que Meyong não sabia de nada, até porque já se habituou ao desconhecimento quase total dos jogadores relativamente aos regulamentos: «Há uns que levam o quinto amarelo e acham que podem jogar na semana seguinte.»
Janela assegurou ainda que não foi agredido, «mas sim molestado» e, devido ao grande conhecimento que tem do «futebol mundial», não tem medo do futuro. «Não temo o futuro, só temo que não se saiba a verdade», finalizou.